O índice inaugural de Vulnerabilidade do Mercado de Remetentes destaca a fragilidade financeira dos trabalhadores estrangeiros e a desconexão entre a confiança dos usuários de remessas nos serviços de remessas e os riscos reais que enfrentam.
NEW YORK, 24 de setembro de 2025 /PRNewswire/ — A Chubb, líder global em seguros, anunciou hoje os resultados de seu estudo global com 3.500 imigrantes internacionais, que realizam remessas financeiras para fora do país, apresentado no relatório inédito “The Remittance Trust Trap: Revealing Hidden Vulnerabilities” (tradução literal: “A Armadilha da Confiança nas Remessas: Revelando Vulnerabilidades Ocultas”). A pesquisa revela riscos críticos e muitas vezes negligenciados enfrentados por quem envia dinheiro para o exterior, com destaque para trabalhadores da crescente economia gig.
As remessas são em muitos casos, o principal canal financeiro de sustentação para milhões de famílias. Não se trata apenas de transações monetárias, mas de verdadeiros elos de sobrevivência, que garantem acesso a alimentação, saúde, educação e segurança financeira. Sem esses recursos, muitas famílias têm dificuldade para arcar até mesmo com necessidades básicas como moradia, roupas e alimentação. Além do impacto direto nos lares, as remessas também movimentam economias locais, ampliando o poder de consumo e fomentando o desenvolvimento comunitário.
O estudo mostra um descompasso significativo entre a confiança declarada pelos remetentes nos serviços de remessa e os riscos reais que enfrentam, medidos a partir do lançamento do primeiro Sender Market Vulnerability Index (SMVI) – Índice de Vulnerabilidade dos Remetentes. Esse índice avalia dimensões econômicas, sociais e tecnológicas em principais locais de envio de dinheiro (EUA, Reino Unido, Espanha, Emirados Árabes Unidos, Singapura e Austrália).
Principais levantamentos do relatório “The Remittance Trust Trap”
- Desproporção entre confiança e vulnerabilidade: O SMVI revelou um fenômeno contraintuitivo: Imigrantes que realizam remessas financeiras que dizem confiar mais nos serviços de remessa, tendem a enfrentar maior vulnerabilidade real. Nos Emirados Árabes, por exemplo, 33% dos imigrantes mostraram altos níveis de risco, contra 27% da média global – apesar da elevada confiança no sistema.
- Maior fragilidade de trabalhadores estrangeiros e da economia gig: Esses profissionais, que compõem parte expressiva dos usuários de remessas internacionais, lidam com maior instabilidade econômica, redes de proteção social limitadas e mais exposição a riscos tecnológicos. Nos EUA, apenas 3% dos trabalhadores imigrantes e gig afirmaram que conseguiriam manter suas despesas por mais de três meses sem renda.
- Segurança digital em xeque: Embora os canais digitais ofereçam conveniência sem precedentes, mais de um terço (34%) dos remetentes globais afirmaram já ter sido vítimas de fraude ou crime cibernético. Entre trabalhadores estrangeiros e gig nos EUA, a taxa sobe para 39%. Esse cenário tem levado muitos deles a reduzir o uso de plataformas digitais, prejudicando a inclusão financeira.
- Alta demanda, baixa adesão a seguros: A pesquisa identificou um grande interesse por produtos de seguro personalizados entre os remetentes de remessas, com quase nove em cada dez entrevistados demonstrando forte interesse em proteção de renda, cobertura hospitalar, seguro contra acidentes e seguro de proteção de pagamentos. Apesar dessa demanda, as taxas de adesão efetiva permanecem baixas, evidenciando uma lacuna significativa de proteção.
- Vulnerabilidades inesperadas em mercados estáveis: O estudo revelou vulnerabilidades inesperadas em mercados aparentemente estáveis. Entre os australianos entrevistados – com foco em famílias de renda abaixo da mediana – 55% descreveram sua situação financeira como difícil. Já os participantes de Singapura demonstraram uma preocupação excepcionalmente alta com a segurança no emprego (65% em comparação com a média global de 45%).
“O sistema global de remessas é uma oportunidade de salvação para milhões de pessoas, mas nossa pesquisa revela vulnerabilidades ocultas significativas que exigem atenção urgente”, afirmou Sean Ringsted, Diretor de Negócios Digitais da Chubb. “O ‘Ciclo de Confiança nas Remessas’ destaca que a segurança percebida nem sempre equivale à proteção real, especialmente para os trabalhadores que sustentam a economia de bicos. É um chamado à ação para todo o ecossistema – seguradoras, provedores de remessas e formuladores de políticas – colaborarem na construção de um futuro financeiro mais seguro e resiliente para esses cidadãos globais essenciais.”
Recomendações do relatório
O relatório apresenta recomendações claras para os principais envolvidos:
- Para Empresas de Remessas e Seguradoras: Desenvolver produtos de seguro personalizados (como proteção contra roubo/perda de remessas, proteção de renda ou contra acidentes pessoais, seguro cibernético); acelerar o processo de resposta a sinistros; reforçar a detecção de fraudes e a privacidade de dados; aumentar a conscientização; comunicar-se com clareza e empatia; priorizar a resiliência financeira dos usuários; e lidar com regulamentações por meio de parcerias com especialistas.
- Para Formuladores de Políticas: Promover a inclusão financeira e o acesso a seguros acessíveis; investir em iniciativas educacionais voltadas para alfabetização financeira e segurança digital.
- Para Remetentes Individuais: Manter-se informado sobre ameaças cibernéticas; utilizar plataformas seguras; buscar maior conscientização e conhecimento; e agir com cautela.
“Enfrentar essas vulnerabilidades não é apenas uma necessidade econômica; é uma responsabilidade compartilhada entre os setores público e privado”, acrescentou Ringsted. “Ao inovar com proteções acessíveis, investir em segurança e transparência, e capacitar os usuários de remessas por meio de educação e regulamentações razoáveis, podemos, coletivamente, fortalecer todo o sistema e garantir que a mobilidade global resulte em oportunidades duradouras para todos.”
Metodologia
O estudo “The Remittance Trust Trap: Revealing Hidden Vulnerabilities” foi conduzido com mais de 3.500 remetentes internacionais de baixa renda domiciliar nos Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Emirados Árabes Unidos, Singapura e Austrália, entre 28 de março e 10 de abril de 2025. Todos os participantes haviam enviado remessas internacionais nos últimos 12 meses. O relatório completo está disponível em: https://about.chubb.com/stories/remittance-trust-trap-revealing-hidden-vulnerabilities.html
Sobre a Chubb
A Chubb é líder global em seguros. Presente em 54 países e territórios, a companhia oferece seguros corporativos e pessoais de propriedade e responsabilidade civil, seguros pessoais contra acidentes e saúde suplementar, resseguros e seguros de vida para uma ampla variedade de clientes. A empresa se destaca pela abrangência de produtos e serviços, capilaridade de distribuição, força financeira excepcional e operações locais ao redor do mundo. A Chubb Limited, companhia controladora, está listada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE: CB) e integra o índice S&P 500. A Chubb emprega aproximadamente 43 mil pessoas no mundo todo. Mais informações em: www.chubb.com.
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FONTE Chubb
