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Datafolha: anistia a Bolsonaro é rejeitada por 54% e aprovada por 39%

14 de setembro de 2025

Por Juliano Galisi, do Estadão*

São Paulo, 14/09/2025 – A aprovação de uma anistia que livrasse o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da condenação por tentativa de golpe de Estado é rejeitada por 54% dos brasileiros, aponta pesquisa Datafolha divulgada nesse sábado, 13. Segundo o levantamento, 39% apoiam o perdão ao ex-presidente, 2% se dizem indiferentes ao tema e 4% não responderam.

O Datafolha ouviu 2.005 eleitores em 113 municípios do País entre os dias 8 e 9 de setembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

Aliados de Bolsonaro no Congresso articulam a aprovação de anistia ao ex-presidente e aos executores da tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023. Se aprovada, a medida deve ser decretada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como já antecipado pelos ministros da Corte durante o julgamento das últimas duas semanas.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de pena privativa de liberdade. Além do ex-presidente, a maioria dos réus recebeu penas altas.

Apoiadores de Bolsonaro pressionam por anistia “ampla, geral e irrestrita”, que pudesse alcançar o ex-presidente, condenado como “líder” da tentativa de ruptura institucional. Por outro lado, um texto alternativo, com redução de penas dos executores, mas sem extensão aos mandantes, é elaborado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Além disso, 61% se dizem contrários a qualquer tipo de perdão aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas depredaram as sedes dos três Poderes naquilo que o Supremo julgou ter sido a culminação da tentativa de golpe. Outros 33% são a favor de anistia.

Apoio à prisão de Bolsonaro

O Datafolha também mostrou que a prisão do ex-presidente por tentar o golpe é defendida por 50% dos entrevistados. Outros 43% são contra a medida.

Desde abril, quando o instituto fez pela primeira vez a pergunta, há relativa estabilidade na percepção popular da questão. Naquela ocasião, 52% eram a favor da prisão e 42%, contra. Já em julho, houve um empate técnico: 48% a 46%, respectivamente. Agora, a distância voltou a ser retomada.

*Com informações do jornal Folha de S.Paulo

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