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12 de setembro de 2025
Por Daniela Amorim, Anna Scabello, Daniel Tozzi, Gustavo Nicoletta e Maria Regina Silva
Rio e São Paulo, 12/09/2025 – O setor de serviços no Brasil apresentou crescimento em julho de 2025, mas a alta de 0,3% reforça uma expectativa comum entre analistas de que a atividade está em um processo de desaceleração gradual. Apesar do desempenho robusto observado nos últimos meses, as condições financeiras mais restritivas e a persistência da inflação são fatores que sugerem um ritmo contido de expansão para os próximos meses. Analistas destacam que, mesmo com uma base sólida, impulsionada pela tecnologia da informação e pela sustentabilidade do mercado de trabalho, a moderação será inevitável.
No mês de julho, o volume de serviços prestados aumentou 0,3% em comparação a junho, conforme os dados com ajuste sazonal do Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou ligeiramente abaixo da projeção mediana de 0,4%. Comparado a julho de 2024, o setor cresceu 2,8%, já descontados os efeitos da inflação. No acumulado do ano, a expansão é de 2,6%, enquanto nos últimos 12 meses, o aumento é de 2,9%.
Leonardo Costa, economista do ASA, observa: “A desaceleração dos serviços no acumulado em 12 meses reforça que o setor deve crescer em ritmo mais moderado à frente”. Ele prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre registre uma alta de apenas 0,2%. Heliezer Jacob, economista do C6 Bank, compartilha essa visão ao mencionar que “os serviços seguem mostrando resiliência ante a desaceleração da atividade, apresentando a sexta alta consecutiva na margem [mês a mês]”. Ambos os analistas compartilham a percepção de que o setor ainda possui fundamentos sólidos, mas enfrenta desafios.
A força dos serviços de tecnologia da informação se destaca dentro do cenário geral. “Cerca de 45% da alta dos serviços no ano até aqui pode ser atribuída aos serviços de tecnologia da informação”, diz André Valério, economista-sênior do Banco Inter. As atividades voltadas para a tecnologia têm sustentado o crescimento, mesmo com certos segmentos, como os prestados às famílias e profissionais, mostrando sinais de estagnação.
Em contraste, Igor Cadilhac, economista do PicPay, aponta que a atividade segue aquecida, mas está em processo de desaceleração gradual. “Nossa avaliação é de que a economia brasileira segue em bom ritmo, sustentada por um mercado de trabalho em pleno emprego e pela massa salarial, ambos em níveis recordes”, afirma Cadilhac.
Já Rodolfo Margato, economista da XP Investimentos, vê um ambiente resiliente para os serviços, apesar dos aperto nas condições de crédito. “O setor terciário continua sustentado pela força do mercado de trabalho, pelos salários reais em alta e pelo ainda elevado nível de transferências fiscais”, ressalta.
O Itaú Unibanco, através de uma nota assinada pelas economistas Natalia Cotarelli e Marina Garrido, sugere que os dados de serviços indicam uma pressão para baixo na atividade no terceiro trimestre, com um viés de desaceleração contínua. Já o Santander expressa uma expectativa de desaceleração gradual da atividade econômica, mesmo após o crescimento no volume de serviços em julho.
Contato: daniela.amorim@estadao.com; anna.araia@estadao.com; daniel.mendes@estadao.com; gustavo.nicoletta@estadao.com; reginam.silva@estadao.com
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast
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