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Condenação de Bolsonaro deve ampliar pressão da direita por definição de Tarcísio

12 de setembro de 2025

Por Denise Abarca

A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (11) deve aumentar a pressão da direita por uma definição do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em relação à candidatura à Presidência em 2026. A avaliação foi feita há pouco à Broadcast pelo economista André Perfeito.

“Não sei qual será o rito daqui em diante, mas Bolsonaro será preso. Isso deve forçar ainda mais uma candidatura de Tarcísio e o mercado verá isso com bons olhos”, afirmou.

Ele lembra que o mercado já entendia que Bolsonaro seria condenado e, mesmo assim, a Bolsa hoje bateu recorde de fechamento, com o Ibovespa nos inéditos 143 mil pontos, favorecida pelo ambiente externo. “Hoje ainda não foi o trade Tarcísio, mas está chegando a hora da verdade para a direita”, completou. Se houver essa definição, será difícil separar, na reação do mercado, o que é o aspecto político e o que é o cenário global, avalia.

O economista não vê os Estados Unidos tomando qualquer nova atitude contra o Brasil em termos macroeconômicos antes do desfecho da negociação com a China. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou hoje que o país responderá adequadamente ao que chamou de “essa caça às bruxas”, em referência à condenação de Bolsonaro.

“Essa reação dos EUA é esperada, mas o que exatamente vão fazer depende muito da negociação com a China. Devem se articular com a China para entender como vão avançar contra o Brasil”, previu. “Até lá o que pode haver é uma retaliação pontual, mas não do ponto de vista macro”, completou.

Bolsonaro foi condenado por cinco crimes: abolição violenta do estado democrático de direito; dano qualificado; golpe de Estado; deterioração ao patrimônio tombado e organização criminosa. A pena foi fixada em 27 anos e três meses em regime inicial fechado – 24 anos e nove meses de reclusão e 2 anos e seis meses de detenção, com 124 dias-multa (equivalente a dois salários mínimos).

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