Selecione abaixo qual plataforma deseja acessar.

Novos ataques a IFS reforçam retaliação do crime organizado; medidas do BC foram eficazes

10 de setembro de 2025

Por Cícero Cotrim

Os dois novos ataques hacker a instituições financeiras que ocorreram neste fim de semana reforçaram entre autoridades o diagnóstico de que o crime organizado tem tentado retaliar após ser alvo de ações do governo. Mas também demonstraram a efetividade das novas medidas de segurança lançadas na última sexta-feira, 5, pelo Banco Central, segundo pessoas que acompanham o tema.

Por causa dessas medidas, os valores desviados nos ataques contra E2 Pay e Banco Triângulo ficaram, juntos, abaixo de R$ 100 milhões, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto. É uma cifra bastante inferior à de incidentes recentes na C&M Software e Sinqia, cujos impactos estão em torno de R$ 1 bilhão e R$ 700 milhões, respectivamente.

Na sexta-feira, o BC limitou a R$ 15 mil o valor que pode ser transferido via TED e Pix por instituições de pagamento não autorizadas e para as que se conectam à Rede do Sistema Financeiro Nacional por meio de Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTI). Com isso, os criminosos tiveram de fracionar as transferências em valores muito menores neste fim de semana, segundo uma fonte. Isso reduziu a eficácia dos golpes.

A Broadcast apurou que ambos os ataques ocorreram no sábado, 6, e que não há relatos de incidentes de segurança no domingo, 7.

Procurado, o BC disse que não comentaria os casos específicos deste fim de semana. A autarquia informou, por meio de nota, que “adota ações diversas para promover a segurança do Sistema Financeiro Nacional (SFN)”, e disse que colabora com as polícias e Ministério Público.

Veja também