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9 de setembro de 2025
Por Cynthia Decloedt e Altamiro Silva Junior
São Paulo, 09/09/2025 – O diretor sênior da Fitch Ratings, Mario Storino, acredita que a grande maioria das empresas da carteira da agência de classificação de risco não deverão apresentar dificuldades para refinanciar ou alongar suas dívidas no ano que vem. Para ele, essa é uma boa notícia, à medida que a liquidez tem sido importante para as companhias, já que o fluxo de caixa livre para pagar seus compromissos no atual ambiente de juro elevado tem sido limitado.
Segundo ele, no mercado de divida local, onde as debêntures predominam, os vencimentos se concentram em empresas com melhor classificação de risco entre este ano e 2028, o que também minimiza a possibilidade de problemas para rolagem ou liquidação de vencimentos. Storino notou que uma média anual de R$ 200 bilhões a R$ 300 bilhões vencem ao ano em títulos emitidos pelas companhias no mercado local.
No mercado externo, o analista sênior da Fitch afirmou que há US$ 2,5 bilhões em vencimentos previstos no ano que vem.
Segundo ele, as companhias levantaram uma média de R$ 40 bilhões no mercado de dívida local este ano, em sua maioria com emissão de debêntures, contra uma média acima de R$ 50 bilhões ao mês em 2024. Storino ressaltou também a retomada das captações no mercado de dívida externo pelas companhias em relação aos últimos três anos. “A expectativa é de que, este ano, o volume captado no exterior seja bastante superior aos três últimos anos, o que é positivo para as empresas”, acrescentou.
Storino previu ainda melhora no fluxo de caixa livre das empresas. “Para 2026, considerando que a taxa de juros deve cair, o fluxo de caixa livre das companhias tende a ficar positivo, invertendo a direção deste ano”, afirmou durante evento realizado pela Fitch em São Paulo.
A Fitch classifica mais de 260 empresas, 42% delas na categoria de risco de crédito AAA, que é a maior nota (menor risco); 31% na categoria AA, e 17% dentro da categoria A%. “Nossa carteira tem qualidade de credito elevado”, disse.
Ele notou que, este ano, as companhias já apresentaram queda na alavancagem, influenciadas por uma resiliência na demanda da economia em função do baixo desemprego, o que contribuiu para a geração de caixa. A expectativa da Fitch é que a alavancagem siga caindo em função de uma prevista queda no juro no ano que vem. No entanto, a inadimplência na economia segue sendo uma preocupação, assim como o impacto potencial de uma desaceleração econômica, que pode acontecer, com efeitos adversos no emprego e no poder de compra das famílias.
Contato: cynthia.decloedt@estadao.com; altamiro.silva@estadao.com
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