Plataformas Broadcast
Soluções de Dados e Conteúdos
Broadcast OTC
Plataforma para negociação de ativos
Broadcast Data Feed
APIs para integração de conteúdos e dados
Broadcast Ticker
Cotações e headlines de notícias
Broadcast Widgets
Componentes para conteúdos e funcionalidades
Broadcast Wallboard
Conteúdos e dados para displays e telas
Broadcast Curadoria
Curadoria de conteúdos noticiosos
Broadcast Quant
Plataformas Broadcast
Soluções de Dados e Conteúdos
Soluções de Tecnologia
8 de setembro de 2025
Por Karla Spotorno e Cristina Canas
São Paulo, 08/09/2025 – Uma estrutura de negócios no coração da Amazônia ocidental com a meta de conectar projetos para a região a recursos do mercado de capitais, de filantropos e de organizações multilaterais. Essa é a Facility de Investimentos Sustentáveis, do Instituto Amazônia+21, criada há dois anos e que entrou em operação com a instalação do seu conselho deliberativo.
Entre os ocupantes das dez cadeiras do conselho, estão a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Energisa, Instituto Arapyaú, Instituto Itaúsa, Banco da Amazônia e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Outros dois conselheiros serão anunciados ainda neste semestre, segundo o presidente do Instituto Amazônia+21 e presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), Marcelo Thomé. Os últimos dois já foram prospectados mas, segundo Thomé, devem direcionar os recursos para a Facility no ano que vem, depois da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em novembro deste ano. A COP30, inclusive, servirá de vitrine para as possibilidades de negócios no bioma amazônico, segundo o instituto.
Cada uma das organizações que integram o conselho faz um aporte de R$ 2 milhões. As chamadas “cotas pioneiras” servem de ponto de partida para destravar recursos de outras fontes, “dentro de uma lógica de blended finance“, segundo Thomé. A expressão em inglês refere-se a operações financeiras que combinam recursos oriundos de diferentes fontes, como o mercado de capitais, instituições filantrópicas e financiamentos a juros baixos como, por exemplo, de organizações multilaterais.
O presidente do Instituto Amazônia+21 afirma que a expectativa é que a Facility destrave recurso em torno de sete vezes. Ou seja, para cada R$ 1 aportado, outros R$ 7 serão destravados vindo de fontes como investidores privados, instituições financeiras. O instituto projeta que serão movimentados R$ 80 milhões nos primeiros três anos de operação da Facility, o que destravaria R$ 540 milhões de capital comercial ou concessional.
Segundo Thomé, a ‘Facility’ é um espaço de mobilização, engajamento e discussão com o objetivo de conectar recursos financeiros a projetos. Entre os planos da Facility, estão montar um Fundo de Investimento em Participação com a meta de aportar R$ 168 milhões em inovação na Amazônia ocidental num prazo de cinco anos e um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), com a meta de contratar R$ 450 milhões em três anos, segundo Thomé. Ele conta que, no primeiro semestre, a Facility estreou com um primeiro edital para financiar 25 pequenos empreendedores que “não têm acesso a crédito e, às vezes, nem conta corrente”.
“A melhor conservação da Amazônia é dar oportunidade para os milhões de pessoas que moram na região”, diz o presidente do instituto e da Fiero. Ele argumenta que os nove Estados amazônicos carecem de investimento e do enfrentamento de uma realidade a fim de prover dignidade para a região. “Onde há um CNPJ, há capacidade de financiamento e atividade econômica que empurra o ‘ilícito’ para fora. Escassez e fome são portas abertas para o ‘ilícito'”, afirmou o presidente da federação de Rondônia.
Contato: karla.spotorno@estadao.com e cristina.canas@estadao.com
Veja também