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29/09/2017 16:54

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial divulga avanço no diagnóstico de câncer de colo de útero


São Paulo, SP--(DINO - 29 set, 2017) - Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) há um avanço no diagnóstico de câncer de colo de útero, 4ª maior causa de morte entre as mulheres no país. A grande novidade para essa doença é que nos países desenvolvidos e em alguns em desenvolvimento, incluindo o Brasil, existe um movimento de substituir o atual exame laboratorial de Papanicolaou - preventivo para câncer de colo uterino - por teste molecular para HPV, que é o agente causador da doença. "O teste molecular de HPV tem algumas vantagens sobre o Papanicolaou: apresenta maior sensibilidade, ou seja, detecta um maior número de casos de câncer e lesões precursoras e é automatizado. Enquanto o Papanicolaou é um procedimento manual, trabalhoso e que requer ao final um observador para emitir o resultado", afirma José Eduardo Levi, médico patologista clínico membro da SBPC/ML.Segundo o patologista clínico, é possível vislumbrar um caminho para erradicação desta neoplasia no futuro. "Atualmente, a vacina tetravalente está evoluindo para nonavalente, ou seja, incluindo mais 5 tipos de HPVs e, com isso, praticamente eliminando a possibilidade de infecção pelo vírus na população vacinada. Outro fator que também tem contribuído para a erradicação da doença é o uso de novos métodos de detecção de lesões, como o teste molecular para HPV, por exemplo", completa Levi.O especialista também faz um alerta sobre a importância da vacinação para uma faixa etária maior de jovens, entre 15 e 26 anos, e da extensão para os homens, anunciados recentemente pelo Ministério da Saúde. De acordo com Levi, a extensão da vacina para homens vai além da prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), como as verrugas genitais, câncer de pênis, anal e de orofaringe. "O homem transmite o HPV para a mulher através do ato sexual, assim, eliminar HPV dos homens ajuda a proteger as mulheres, contribuindo para a redução do vírus na população em geral e consequentemente do câncer de colo uterino", afirma.O HPV e seus métodos de diagnóstico, prevenção e tratamento foram tema de discussão durante o 51º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (51º CBPC/ML), entre os dias 26 e 29 de setembro, no Palácio das Convenções do Anhembi Parque, em São Paulo.Acesse a programação completa do evento: http://congresso.sbpc.org.br/2017/index.php.

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