São Paulo - SP--(
DINO - 03 abr, 2019) -
A pesquisa
Investimentos em Indústria 4.0 da
Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que as empresas no Brasil ainda estão no estágio inicial da migração para a digitalização. A modernização, para
90% delas, aposta em
tecnologias voltadas aos processos de produção ou gestão e podem ser a porta de saída da estagnação econômica. Os dados colhidos entre 2016 e 2018 compõem uma análise comparativa, que demonstra uma evolução na indústria brasileira para a era digital, ainda que gradativa.
Um setor específico, o da
construção civil, vem ensaiando sua retomada após o já longo período de crise, e a expectativa é otimista. Para
2019, um estudo da Associação Brasileiro de Tecnologia para Construção e Mineração aponta que
61% das construtoras e locadoras consultadas estão otimistas com a economia brasileira e
48% têm a mesma opinião quanto ao setor da construção. Para os próximos quatro anos, a produção de materiais de construção deverá ter
crescimento anual médio em torno de
5%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).
Foi para driblar os momentos de instabilidade e colaborar para o crescimento sustentável dos negócios que nasceu a
GescorpGo. Seu fundador, Murilo Lopes, conta que para salvar um projeto da pequena construtora da família criou a
plataforma de gestão e automação de tarefas. Ele diz que a agilidade e precisão das informações conferem mais segurança no andamento das obras e ajudam a otimizar o tempo de execução e a gerir melhor a mão de obra empregada.
Para ele, o uso da
tecnologia no escritório e no canteiro é o que vai fazer a diferença para as empresas no setor de construção. “A gestão orientada por dados é o que o mercado está buscando agora. O alto grau de automação e integração é a principal ferramenta para atingir os objetivos neste momento de recuperação”, avalia.
A influência das novas tecnologias no dia a dia do trabalho parece mesmo ser irreversível. E foram a experiência e os erros em campo que motivaram Cauê Marinho a criar a
Cloudstock, a
plataforma que automatiza o controle de estoques com sistema que utiliza da inteligência artificial. Ao lembrar dos gastos que teve em trabalhos passados ao perder o prazo de entrega de equipamentos alugados, Cauê pensou em quanto prejuízo uma obra pode ter devido à falta de monitoramento assertivo. “A
redução de atrasos nas obras é possível com o controle da necessidade mínima de produtos disponíveis para cada etapa. Realizar compras no tempo certo é fundamental para não ter prejuízos. Uma concretagem não pode ficar esperando por falta de cimento”, exemplifica.
Com a solução oferecida pela
Cloudstock, a produtividade dos profissionais de almoxarife e gestores administrativos
aumenta cerca de 20%. Além disso, ela emite alertas das quantidades de materiais disponíveis e quando o estoque está muito baixo, de devolução de equipamentos e contra furtos. As
entradas e saídas de materiais são controladas automaticamente por reconhecimento de imagens e por meio de etiquetas de leitura sem contato, que compõem os dados armazenados em nuvem.
Hub de inovação
Ambas
startups participam da segunda edição do
OKARA Hub e participam durante nove meses do programa criado pela
Engeform,
Temon,
Grupo GPS e a
MPD Engenharia, para desenvolvimento junto ao mercado, principalmente o da
construção civil. Elas recebem mentorias, integram rodadas de negócios e têm a chance de desenvolver projetos piloto em grandes empresas, com o objetivo de gerar visibilidade aos seus produtos e serviços.
Website:
http://www.okarahub.com.br