Miami--(
DINO - 28 mar, 2018) -
Os Estados Unidos seguem invictos na atração de capital estrangeiro investido de forma direta no país. As estatísticas publicadas pela SelectUSA, que é o programa governamental que promove e atrae investimentos comerciais nos Estados Unidos, concluem que estados como Flórida, Texas, Califórnia, Nova Iorque e Georgia lideram com o número de empregos trazidos por esses investimentos.
O estudo separa as fontes de investimento em três grupos: maiores fontes de capital de acordo com o beneficiário final (UBO); fontes de capital que mais crescem e fontes consideráveis em expansão. O Brasil se encontra em 7º lugar do segundo grupo, investindo 36,869 milhões de dólares nos mercado americano.
A fonte primária é o Reino unido, seguido pelo Canadá, Japão, Alemanha e França. A Argentina ficou à frente do Brasil, no 2º lugar do segundo grupo, apesar de ter investido apenas $4,935 milhões. Esses dados são de 2016. A notícia é oportuna, já que o governo americano no última dia 23 de março, prolongou o período de investimento no programa EB-5 até setembro de 2018, dentro dos critérios atuais.
O programa EB-5 permite que investidores diretos ou indiretos recebam residência permanente (ou green card) para ele e sua família (cônjuges, filhos e filhas solteiros e menores de 21 anos), desde que cumpram com o investimento mínimo e gerem 10 ou mais novos empregos em período integral. "Brasileiros despertaram a curiosidade para o programa EB-5 em 2012, mas somente em 2016 despontaram como mercado promissor para investimentos EB-5", é o que diz Renata Castro, advogada licenciada na Flórida e com extensiva cartela de clientes investidores brasileiros que visam residir nos Estados Unidos de forma legal.
Seu escritório, localizado em Pompano Beach, na Flórida, atende investidores brasileiros e, de acordo com a advogada, o perfil do brasileiro investidor mudou - "antes o brasileiro queria residir nos EUA e continuar empreendendo no Brasil, no entanto, a alta do dólar fez com o investidor buscasse meios de ganhar dinheiro nos EUA. Adicionalmente, a popularização do programa EB-5 fez com que investidores de classe média alta liquidassem seu patrimônio no Brasil para financiar o sonho de morar no exterior, e para isso, o dinheiro precisa custear a vida da família que mora fora." Investimentos passivos tendem a render entre 0.25% e 2% ao ano dentro do programa.
Centros Regionais perdem espaço para investimentos diretos
Não só o número de investidores brasileiros aumentou, mas também o número de brasileiros que investiu em negócios próprios. A advogada Renata Castro esclarece que os investimentos qualificadores podem ocorrer de forma passiva, em um fundo de investimento atrelado a um centro regional, ou em um investimento direto, onde o investidor estrangeiro tem envolvimento ativo na gestão da empresa.
Foram 6 os investimentos diretos no ano de 2017 para brasileiros, com 276 investimentos em centros regionais. O aumento de 132 no número de investidores brasileiros no geral cimenta a posição de interesse de brasileiros em residir nos EUA, mas a advogada é enfática quando diz que "ainda estamos longe do potencial de investimento de brasileiros nos EUA".
Fonte: Assessoria Castro Legal Group e SelectUSA
Website:
http://www.castrolegalgroup.com
