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22/01/2018 16:23

O que esperar do mercado financeiro em 2018?


São Paulo, SP--(DINO - 22 jan, 2018) - Volatilidade será um dos principais desafios para 2018. O investidor precisa estar preparado para ver oscilações mais sensíveis de preços, diante das incertezas econômicas e políticas tanto no cenário nacional quanto no internacional. No Brasil, além da votação da reforma da Previdência, prevista para fevereiro, haverá as eleições presidenciais, em um contexto ainda de muitas perguntas e poucas respostas em relação aos candidatos e, consequentemente, às propostas de cada um.

No âmbito internacional, riscos geopolíticos, tais como a intensificação do conflito entre Estados Unidos e Coreia do Norte, permeiam o horizonte, assim como as eventuais mudanças na política monetária adotada pelos EUA e pela Europa que podem impactar os mercados globais. E tudo isso deve ser acompanhado de perto pelo mercado financeiro brasileiro.

"Com a Selic no seu menor patamar histórico (7% ao ano com expectativa de queda) e retomada da economia no Brasil, temos tudo para vivenciar mais um ano de bull market por aqui e, por isso, sigo otimista com a Bolsa brasileira. Mas o caminho poderá ser tortuoso, com eleições e incertezas no mercado externo. Portanto, é importante carregar no portfólio uma parcela em seguros, como dólar e ouro", ressalta Walter Poladian () , CFP® e especialista de investimentos da Empiricus () , autor da série Portfólio Empiricus () .

PRINCIPAIS DESAFIOS DE 2018

1) RISCOS NO BRASIL

Este ano tem tudo para ser o ano com as eleições mais conturbadas que o Brasil já teve desde a redemocratização. A primeira incerteza está no desconhecimento de quem serão os candidatos na disputa. Ainda não é possível dizer, por exemplo, se Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas principais pesquisas de intenção de votos, conseguirá manter sua candidatura à presidência pelo PT. Tudo dependerá do resultado do julgamento marcado para esta quarta-feira (24/01).

Em segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos está o deputado federal Jair Bolsonaro, ainda sem partido oficial para lançar sua candidatura. O desafio dele será o de convencer os eleitores de que tem um plano de governo bem estruturado e provar ao mercado de que terá condições de implementar uma agenda liberal na economia, com uma equipe preparada para assumir os desafios de um país ainda em recuperação.

O PSDB ainda não oficializou quem será seu candidato na disputa, mas tudo leva a crer que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assumirá o posto. Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) também estão cotados a disputar a cadeira presidencial. E, é claro, não se sabe em qual lado o PMDB, partido do atual presidente Michel Temer, vai se posicionar: se apoiará alguém ou se terá candidato próprio.

"O grande medo do mercado financeiro é elegermos um presidente que não dará continuidade às reformas estruturais, necessárias para o país resolver o problema da dívida pública e que permitiria o avanço da economia. Caso isso aconteça, poderemos ver uma grande sangria na Bolsa brasileira e escalada do dólar", explica Poladian.

2) ATIVIDADE ECONÔMICA

Outro ponto de atenção está na continuação da retomada da atividade econômica brasileira. De acordo com projeções de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central, o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano deve crescer 2,70%, o que significa 1,6% a mais que 2017.

3) RISCO GEOPOLÍTICO

As trocas de ameaças entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o da Coreia do Norte, Kim Jong-un, tendem a aumentar a aversão ao risco dos investidores, por mais que os especialistas considerem remotas as chances de uma guerra. Porém, caso as tensões entre os dois países se agrave, é natural uma realocação de capital, com migração de investidores para aplicações mais seguras, como ouro e dólar () .

Uma forte apreciação da moeda americana teria impacto na política monetária do Brasil, afinal, um dólar mais forte adicionaria pressão sobre a inflação brasileira e poderia influenciar na condução dos juros pelo Banco Central.

4) POLÍTICA MONETÁRIA DOS EUA E DA EUROPA

A expectativa do mercado é que o novo presidente do Fed, Jerome Powell, dê continuidade à política monetária adotada por Janet Yellen, de alta gradual dos juros. Mas, caso a inflação surpreenda para cima, esse ritmo de aumento dos juros poderá ser acelerado. O que deverá dar maior atratividade ao mercado de capitais americano, possivelmente estimulando assim a saída de recursos de países emergentes (), como o Brasil.

O Banco Central da Inglaterra também já sinalizou que irá iniciar um aumento gradual dos juros, com o objetivo de controlar a inflação que se instalou após o Brexit. Já na União Europeia, conforme o Credit Suisse, os juros deverão começar a subir em 2019. Além de estimularem a saída de capitais do mercado brasileiro, os juros mais altos no mundo podem trazer impactos para a taxa de câmbio, com o enfraquecimento do real, e, consequentemente, pressionar a inflação.

COMO SE PROTEGER?

A melhor forma de se proteger dos riscos é diversificar as aplicações e manter seguros no portfólio. A estratégia de seguros consiste em aplicar uma parte do patrimônio em ativos que tendam a se valorizar em um cenário desfavorável, algo em torno de 5% a 10%. Entre as opções mais populares para proteger o portfólio estão dólar, ouro e puts (opções de venda de ações).

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Website: https://lp.empiricus.com.br/melhores-investimentos-2018/?_ga=2.18340986.2108747707.1514886219-1200879584.1505139359

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