Releases
29/06/2018 16:02

29 de junho ? Dia Mundial de Conscientização da Esclerose Sistêmica


Florianópolis--(DINO - 29 jun, 2018) - O dia 29 de junho é dedicado à luta contra a Esclerose Sistêmica ou Esclerodermia, doença crônica autoimune, que tem como principais características alterações vasculares (falta de circulação principalmente em extremidades, relacionada ao frio e que pode levar a úlceras dolorosas e até amputações), fibrose (endurecimento) da pele e dos órgãos internos, como pulmões, coração, esôfago, estômago, intestinos e rins, podendo causar falência desses sistemas do organismo. A doença é diagnosticada principalmente em mulheres na faixa etária entre os 40 e 50 anos.

O diagnóstico precoce é realizado por meio de exames clínico com médico Reumatologista, de laboratório e a capilaroscopia periungueal (exame na cutícula da unha), que detecta precocemente o fenômeno de Raynaud (pacientes que apresentam arroxeamento ou palidez intensa dos dedos das mãos e às vezes também dos pés quando expostos ao frio ou a forte emoção).

"O tratamento apresenta resultados positivos porque retarda o avanço das complicações relacionadas à doença, principalmente quando iniciado precocemente. As pesquisas científicas estão bem avançadas na busca por tratamentos cada vez mais específicos e eficazes. Como reumatologista tenho especial interesse nessa doença, que foi tema de minha tese de doutorado e também muito carinho pelos pacientes por ela acometidos", comenta Adriana Fontes Zimmermann, médica reumatologista do Centro Catarinense de Imunoterapia, em Florianópolis.

O CCI, que tem uma equipe de médicos reumatologistas, realiza a capilaroscopia periungueal (exame da cutícula da unha), para o diagnóstico da Esclerose Sistêmica.

Confira as informações da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) sobre a doença:

O que é a Esclerose Sistêmica?
Doença do sistema imunológico, no qual ocorre o endurecimento da pele, que se torna espessa, lisa e sem elasticidade. A causa da doença não é conhecida.

Quais são os tipos de Esclerose Sistêmica?
Existem dois tipos de Esclerose:
1. A Esclerose Sistêmica afeta a pele e os órgãos internos do organismo e é quatro vezes mais frequente no sexo feminino que no sexo masculino e incide principalmente na quarta década de vida.
2. Esclerose Sistêmica Localizada afeta uma área restrita da pele, poupando os órgãos internos, sendo mais comum em crianças.

Quais são os tipos de Esclerose Sistêmica Localizada?
Existem dois tipos principais de Esclerose Sistêmica Localizada: a morfeia, e a Esclerose Sistêmica Linear. A Morfeia é a forma clínica mais comum e se apresenta como uma ou mais placas de pele espessada com graus variados de pigmentação. Na Esclerose Sistêmica Linear, as áreas de espessamento da pele são em forma de linha no sentido vertical do corpo.

A Esclerose Sistêmica Localizada pode ser leve, com apenas leve atrofia (perda de tecido) da área afetada, mas em algumas ocasiões pode ser mais grave, estendendo-se aos tecidos subjacentes (tecido subcutâneo, músculos e ossos), podendo inclusive retardar o crescimento ósseo de uma criança.

Como é o tratamento da Esclerose Sistêmica Localizada?
Ainda não existe cura para a Esclerose Sistêmica Localizada. Alguns medicamentos orais e tópicos podem alterar a progressão da doença; no entanto, esta afecção geralmente se torna inativa e melhora espontaneamente. A fisioterapia é muito importante para preservar a mobilidade das articulações acometidas até que haja melhora do quadro cutâneo. Naqueles pacientes com extenso envolvimento da face, a cirurgia plástica reparadora tem apresentado bons resultados.

Quais são as manifestações clínicas da Esclerose Sistêmica?
Usualmente, a primeira manifestação clínica na Esclerose Sistêmica é o chamado fenômeno de Raynaud, que ocorre em mais de 90% dos pacientes. Esse fenômeno constitui-se em alterações da coloração dos dedos quando expostos ao frio ou ao estresse (tornam-se pálidos ou azulados quando da exposição à temperatura fria, ou avermelhados quando aquecidos). Acomete preferencialmente as mãos e os pés, mas pode também afetar as orelhas, a língua e o nariz. Além disso, pequenos cortes nas mãos podem apresentar uma cicatrização muito lenta, e por vezes evoluem espontaneamente para ulcerações. Associadas a essas alterações cutâneas também se observa na Esclerose Sistêmica, o acometimento pulmonar, gastrointestinal e cardíaco.

Quais são os tipos de Esclerose Sistêmica?
A Esclerose Sistêmica é dividida em duas formas clínicas, de acordo com a extensão do acometimento da pele: limitada e difusa. A forma limitada tende a apresentar acometimento visceral mais leve que a forma difusa. A Esclerose Sistêmica Limitada frequentemente é chamada de forma CREST. Este acrônimo significa: C de calcinose (depósitos cálcicos na pele); R de Raynaud; E de esôfago; S de esclerodactilia (em inglês, significa um afilamento que ocorre nos dedos desses pacientes); e T de telangiectasias (presença de alguns pequenos vasos visíveis sob a pele). Alguns desses pacientes com a forma limitada podem também apresentar uma condição chamada de hipertensão pulmonar. Esses pacientes podem permanecer sem sintomas ou podem apresentar falta de ar que varia de leve a bastante intensa.

Como é o tratamento da Esclerose Sistêmica?
Até o presente momento, não há cura para a Esclerose Sistêmica, mas existem tratamentos disponíveis. Para evitar o Fenômeno de Raynaud, deve-se manter as extremidades aquecidas com luvas e meias e evitar lavar as mãos com água fria. Além disso, há algumas terapêuticas sendo experimentadas e que podem representar uma esperança para o futuro, principalmente o transplante de medula óssea.



Website: http://www.cci.med.br

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados para o Grupo Estado.

As notícias e cotações deste site possuem delay de 15 minutos.
Termos de uso