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29/07/2019 10:01

LAFIS: saldo das operações de crédito acumula alta no primeiro semestre acompanhado de queda na inadimplência


LAFIS: saldo das operações de crédito acumula alta no primeiro semestre acompanhado de queda na inadimplência

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SÃO PAULO, 29 de julho de 2019 /PRNewswire/ -- No dia 26/07, o Banco Central do Brasil anunciou o saldo total das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional referente ao mês de junho, atingindo R$ 3,30 trilhões, o maior nível da série histórica. Este resultado indica um crescimento de 0,4% quando comparado ao mês anterior, leve desaceleração após crescer 0,5% em maio. Na análise dos últimos 12 meses, este saldo avançou 5,1%, mantendo a trajetória de crescimento consistente iniciada em março de 2018 (0,1%).


Contribuiu para este desempenho o saldo das operações com pessoas físicas, que apresentou avanço mensal em junho de 2019, crescendo 0,6% no período, totalizando um saldo de R$ 1,874 trilhão e alcançando, pela 16º vez seguida, o maior patamar da série histórica iniciada em março de 2007. Na análise dos últimos 12 meses, houve avanço de 10,1%, mantendo a trajetória ascendente iniciada em julho de 2018 (6,3%). De forma menos significativa, as operações com pessoas jurídicas apresentaram pequeno crescimento (0,1%), totalizando R$ 1,423 trilhão, de modo a recuperar a perda observada no mês anterior (-0,1% em maio). Por fim, a variação dos últimos 12 meses voltou a cair (-0,8%) interrompendo uma sequência de cinco taxas positivas nesta base de comparação, após apresentar estabilidade nos 12 meses imediatamente anteriores.


No que diz respeito à taxa de inadimplência da carteira de crédito total do sistema financeiro, referente aos atrasos superiores a noventa dias, esta recuou 0,11 p.p. no mês, o que interrompeu uma sequência de três altas consecutivas, alcançando 2,93% no mês de junho. Este resultado foi impulsionado pelo recuo em ambas as modalidades, com destaque para a inadimplência relacionada às pessoas jurídicas, tendo em vista a queda de 0,19 p.p. na variação mensal, a mais significativa desde junho de 2018 (-0,42 p.p.). Tal inadimplência chegou a 2,37%, o menor patamar desde junho de 2015 (2,25%). No que diz respeito à pessoa física, a inadimplência apresentou queda mais amena (-0,06 p.p.), alcançando o patamar de 3,35% após acumular alta de 0,11 p.p. entre fevereiro e maio deste ano. É importante destacar ainda que ambos os segmentos se mantiveram em um nível de inadimplência inferior ao observado no mesmo período do ano passado, ou seja, a inadimplência relacionada às pessoas jurídicas recuou 0,17 p.p. em relação ao mês de junho de 2018, e a inadimplência relacionada às pessoas físicas apresentou queda de 0,12 p.p. na mesma base de comparação.


Neste sentido, considerando as informações do último Relatório de Política Monetária e Operações de Crédito do SFN divulgado pelo Banco Central, percebe-se que, no primeiro semestre de 2019, o saldo da carteira total das operações acumulou um avanço de 2,0%, acompanhado da queda na inadimplência no mesmo período. Por fim, o custo destas operações, representado pelo Indicador de Custo de Crédito (ICC), avançou 0,1 p.p. em junho de 2019, alcançando 21,4% a.a., enquanto a análise dos últimos 12 meses o avanço foi de 0,3 p.p.


Tendência: assim como observado nos meses anteriores, o avanço no saldo das operações de crédito foi sustentado, principalmente, pelo crescimento na modalidade voltada às pessoas físicas, com destaque para as operações com recursos livres, que cresceram 0,7% no mês e alcançaram, novamente, o maior patamar da série histórica (R$ 1,0 trilhão), impulsionadas pelo crédito pessoal (consignado e não consignado) e financiamentos de veículos. No caso das empresas, o crédito livre voltou a crescer (2,1%) em junho deste ano, uma aceleração frente ao avanço observado no mês passado (1,2%), com destaque para descontos de duplicatas e recebíveis, antecipação de faturas de cartão, capital de giro e aquisição de veículos. Porém, o saldo com recursos direcionados manteve o ritmo de queda, recuando 2,3% no mesmo período, e, de forma mais intensa, acumulando perda de 11,8% em 12 meses.


Diante deste detalhamento, a Lafis mantém sua perspectiva de maior cautela do mercado de crédito nacional, tanto por parte das famílias quanto das empresas, que seguem apostando em modalidades de baixo risco e maiores garantias, como o crédito consignado e financiamento de veículos e imobiliário, no primeiro caso, e operações atreladas a antecipação de recebíveis, no segundo.


Especialista Responsável:

Fernanda Rodrigues: Mestre em Economia Aplicada, pela Universidade Federal de São Carlos, atua como Especialista Setorial em Serviços ao Consumidor, canalizando esforços para o desenvolvimento e processamento de pesquisas quantitativas/qualitativas relacionadas aos mais variados tipos de serviços - comércio varejista geral, bancos, sistemas de saúde, e-business, entre outros.


Mais Informações:


Lafis Consultoria ? www.lafis.com.br
Caique Rocha ? caique.rocha@lafis.com.br
(11) 3257-2952


FONTE Lafis

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