Política
22/09/2021 14:34

Prevent/Batista: informações partem de um dossiê feito por criminosos


Por Amanda Pupo e Julia Affonso

Brasília, 22/09/2021 - Diante de acusações contra a Prevent Senior reforçadas por integrantes da CPI da Covid, o diretor-executivo da empresa Pedro Benedito Batista Júnior afirmou que as informações obtidas pelo colegiado são resultado de um dossiê feito por “criminosos”. A CPI convocou Batista para depor após um grupo de médicos que diz ter trabalhado na Prevent apresentar um dossiê no qual informa que integrantes do chamado “gabinete paralelo” do governo Bolsonaro usaram a empresa como uma espécie de laboratório para comprovar a tese de que o chamado kit covid era eficiente contra a doença.

Batista negou que a empresa tenha relação com o governo e afirmou que os profissionais responsáveis pelo documento invadiram prontuários de pacientes e, por isso, “envergonham a classe médica”. “Sempre lembrando, todas as informações que o senhor obteve ou tem partem de um dossiê feito por criminosos. Eles envergonham a classe médica pois eles invadiram prontuários, cometeram crimes”, afirmou o diretor da Prevent durante depoimento à CPI da Covid, dirigindo-se ao senador Otto Alencar (PSD-BA).
Batista diz que os dados apresentados pelos médicos foram manipulados para “deturpar a conduta de mais de 3 mil médicos” que trabalham na Prevent Senior.

A operadora também foi acusada de omitir número de mortes em estudo, e não afastar funcionários médicos diagnosticados com covid. O diretor da Prevent rejeitou essas alegações e afirmou que desde o início da pandemia a operadora de saúde vem sofrendo “acusações infundadas". “Todos os colaboradores suspeitos ou com teste positivo para covid eram imediatamente afastados”.

Sobre o apontamento de que mortes foram ocultadas em documento da empresa, Benedito alegou que os casos não constavam no relatório em questão porque foram registradas após a confecção do documento. “De 26/03 a 04/04 ocorreram somente dois óbitos, quando o documento foi escrito”, disse o diretor da empresa, segundo quem o material foi “retirado totalmente do contexto”.

contato: amanda.pupo@estadao.com ; julia.affonso@estadao.com
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