Brasília, 20/02/2019 - O filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), afirmou que a demissão do ex-ministro Gustavo Bebianno é "página virada" e é preciso focar na reforma da Previdência. Segundo Flávio, o governo é novo e ainda está “se recompondo”. Portanto, ainda não é possível, segundo ele, fazer uma estimativa da base de apoio ao projeto.
“Os parlamentares estão conhecendo o texto hoje. Vão apresentar emendas. O líder do governo nos Senado foi anunciado essa semana. Agora que começa o trabalho de começar a conversar e contar votos.”
Ele acompanhou o pai durante visita ao Congresso para entregar pessoalmente a reforma ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, onde começará a tramitação do texto. Embora evite estimativas, Flávio disse que “o Congresso está consciente de que ou o País aprova a reforma ou o País quebra”.
Sobre a derrota na votação de ontem da Câmara, com a derrubada de decreto editado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, Flávio minimizou e afirmou que “não tem recado” dos deputados ao governo e que a forma de política de Bolsonaro é “diferente”, com base no convencimento e não no “toma-lá-dá-cá.”
PSL
Flávio afirmou que não há crise no PSL e que o deputado Luciano Bivar (PE) seguirá na presidência da legenda, apesar dos rumores de que a família Bolsonaro queria afastá-lo diante das suspeitas de uso de candidaturas laranja na eleição do ano passado em Pernambuco e Minas Gerais. “Só porque uma pessoa é acusada, não significa que é culpada”, declarou. O próprio Flávio é investigado no caso Queiroz, revelado pelo Estado. Em relação a Bebianno, disse que preferia não comentar e que a imprensa “poderia ajudar” ao não tocar mais no assunto, porque disse que é uma questão que “machuca todo mundo”, citando o pai e Bebianno. (Julia Lindner e Camila Turteli)
