Política
25/04/2018 19:31

A vereadores, Bolsonaro avisa que não existe 'salvador da Pátria'


Brasília 25/04/2018 - O pré-candidato do PSL à Presidência da República, deputado Jair Bolsonaro (RJ), disse nesta quarta-feira, 25, que os brasileiros não devem esperar "um salvador da Pátria", mas sim um candidato que seja "honesto", "patriota" e tenha "Deus no coração".

Em evento com vereadores de todo o País, o pré-candidato ainda defendeu o fim do Ministério das Cidades. "Não existe salvador da Pátria. Nós todos, juntos, com um só ideal, temos como mudar o destino do Brasil. Que o próximo presidente seja honesto, tenha Deus no coração e seja patriota. Como um povo maravilhoso, manso e grande parte crente em Deus, não podemos admitir partidos que queriam nunca mais sair de lá. Nós temos no meu entender uma última chance de evitar que o Brasil caminhe na direção da Venezuela, que será no dia 7 de outubro", afirmou ao ser bastante aplaudido.

O discurso foi feito diante de uma centena de pessoas na Marcha de Vereadores 2018, realizado em Brasília, na Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC). Para uma plateia formada por políticos municipais, Bolsonaro também prometeu acabar com o Ministério das Cidades.

"Tudo começa com vocês (vereadores). O que o Brasil precisa: menos Brasília e mais Brasil. Isso já foi conversado com minha equipe econômica. Para que Ministério das Cidades se o dinheiro pode ir direto para município", disse. "Saneamento básico? Por que a União participar se o dinheiro pode ir direto para o município?", complementou.

A promessa ganhou aplausos de boa parte dos presentes. Em seguida, Bolsonaro voltou a falar de "ideologia de gênero nas escolas" e atacou o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ao classificar a atividade desse grupo de "terrorismo", o que também gerou grande apoio da plateia.

"Vamos acabar com palhaçada de ideologia de gênero. Não quero minha filha de 7 anos de idade ouvindo isso. Sala de aula não é para isso daí", disse. "Vamos implementar mudanças em todas as áreas. Não podemos continuar reféns do MST, temos que tipificar isso como terrorismo", disse.

A organização do evento previa que Bolsonaro recebesse perguntas dos vereadores presentes, mas o pré-candidato teve uma crise de tosse e não conseguiu falar mais. O senador Magno Malta (PR-ES) assumiu então o microfone e seguiu com o discurso. O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, também passou pelo evento, mais cedo, mas os dois não chegaram a se encontrar. (Renan Truffi)
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