Por Fábio Grellet
Rio, 05/09/2019 - Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Rio de Janeiro promoveram no centro da cidade, nesta quinta-feira (5), Dia da Amazônia, um ato em defesa da floresta e contra a política ambiental da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
O ato ocorreu no Largo da Carioca, na região central, e reuniu cerca de 100 pessoas. Foi exibido um vídeo com críticas à política ambiental do governo federal e em seguida ecologistas e funcionários do Ibama discursaram.
“A resposta ao problema das queimadas ainda é tímida e insuficiente para resolver o problema. O governo mudou o tom do discurso, para fingir que está interessado em resolver o problema, mas a política continua a mesma, o discurso de reduzir as unidades de conservação, a nomeação de pessoas desqualificadas para atuar na gestão dos órgãos ambientais, a paralisação do Fundo Amazônia, a rejeição de recursos importantes para melhorar o trabalho na ponta. A mudança de discurso foi um movimento articulado para dar uma resposta à opinião pública, mas a política de destruição (do meio ambiente) permanece. O discurso do Bolsonaro encoraja os grupos interessados no desmatamento e nas queimadas na Amazônia. A política de desmonte continua a mesma”, afirma André Barbosa, presidente da Associação dos Servidores do Ibama.
“A Amazônia queima faz tempo, realmente esse problema não começou em janeiro. Mas esse ano foi o pior dos últimos dez em desmatamento e dos últimos nove em queimadas, e o pior é que o discurso oficial encoraja o aumento desses índices. O movimento oficial do governo é contra a fiscalização”, segue Barbosa. “E as falas de Bolsonaro são de escárnio e pouco caso, por exemplo quando recomendou fazer cocô dia sim, dia não para proteger o meio ambiente”, lamentou o servidor do Ibama.
