Política
20/01/2021 16:32

Prefeito de Manaus vai proibir profissional de saúde de postar fotos de vacinação


São Paulo, 20/01/2021 - Em transmissão ao vivo no Facebook, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), disse nesta terça-feira (19) que os profissionais de saúde da capital amazonense não poderão publicar registros da vacinação contra a covid-19 nas redes sociais. “A secretária está neste momento com uma portaria proibindo a divulgação em rede social dentro das unidades. Você se vacinou, fique para você. Você não precisa compartilhar em rede social. Essa é a determinação, esse é o pedido”, declarou.

A decisão aconteceu após a disseminação de boatos refutados pela prefeitura de que moradores fora do grupo prioritário teriam recebido a vacina. Na transmissão ao vivo, Almeida disse que uma das “polêmicas” foi uma fotografia postada nas redes de um cidadão que tomou outro tipo de injeção. “Aquilo não é a vacina da covid-19. A nossa seringa é diferente”, alegou. "Portanto, requer-se cuidado quando você posta, quando você comenta."

Outro caso que teria atraído críticas foi a imunização de duas médicas recém-nomeadas numa Unidade Básica de Saúde (UBS). De acordo com ele, elas começaram a trabalhar recentemente na rede pública após o afastamento de 122 profissionais da área por causa do novo coronavírus. “Elas estavam em serviço, no seu plantão”, justificou. “Encaixa-se perfeitamente naquilo que preconizam as normas ditadas pelo governo federal”, continuou.

A capital vive uma grave crise sanitária, com aumento de casos e internações pelo coronavírus, em meio à falta de fornecimento de oxigênio. Situação semelhante é relatada em cidades do interior do Amazonas e do Pará. A vacinação em Manaus começou nesta terça-feira, destinada, prioritariamente, a quem exerce atividade no atendimento de pacientes com covid. A prefeitura diz que a cidade recebeu 40.072 doses.

De acordo com boletim epidemiológico do governo do Amazonas, Manaus está com ocupação de 94,3% nos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) públicos e privados para pacientes com a doença, média que é de 94,5% nos de enfermaria. Na terça-feira, a cidade realizou 177 enterros, dos quais 98 de casos confirmados ou suspeitos da enfermidade. Há um mês, em 19 de dezembro, foram realizados 39 sepultamentos no município, dos quais sete eram de vítimas da doença. (Redação, O Estado de S.Paulo)
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