Política
03/11/2017 07:17

Exclusivo: com aval de Jucá, senadores do PMDB estudam alianças com PT para 2018


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Brasília, 01/11/2017 - O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou ao Broadcast Político que o posicionamento "em cima do muro" do PSDB em relação ao governo do presidente Michel Temer fez com que a legenda decidisse "fazer livremente as suas alianças" para as eleições de 2018. Eunício, que já sinalizou apoio a uma eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República, deve fechar aliança com o governador Camilo Santana (PT) no Ceará.

Nesta quarta-feira, o presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR, foto, na tribuna) disse ao Broadcast Político que o partido vai liberar alianças regionais nos Estados com qualquer legenda. "Não há nenhum tipo de proibição. Cada Estado tem uma realidade diferente", afirmou. O senador admitiu que membros do partido já estão conversando com integrantes do PT nos Estados e avaliou que não há "nenhum problema nisso". O dirigente ressaltou que a questão será alinhada oficialmente na reunião da executiva do partido, ainda sem data definida para acontecer.

Segundo Eunício, o fato de ele apoiar um eventual candidato do PT não significa que queira se distanciar de Temer, nem seus aliados. "Não tenho porquê me distanciar do presidente Michel Temer, nem me aproximar mais do que sou próximo. Michel não está disputando eleição, então não tem afastamento ou aproximação. O que vai ser definidor vão ser as alianças no Estados. O Estado onde for conveniente fazer aliança com o PSDB, faz; com o PT, faz", declarou.

Eunício está confiante sobre o resultado da disputa e disse "não ter dúvidas" de que o PMDB permanecerá com a maior bancada da Câmara e do Senado. "O PMDB é plural. Não tem essa história de não poder fazer aliança com A ou com B", disse. Segundo Eunício, caso o PMDB realmente não tenha candidatura própria à presidência da República, "cada um vai procurar o que for melhor na questão estadual e o partido vai ficar livre para fazer coligações".

A senadora Kátia Abreu (TO), por outro lado, disse Jucá não a procurou, nem reuniu a bancada para falar da política de 2018. Kátia afirmou que o PT tem "toda a chance" de apoiá-la no Estado. "Poderei ter o apoio do PT, tranquilamente, sem problema", declarou. Roberto Requião (PR) também se surpreendeu com a declaração de Jucá, mas admitiu que está trabalhando no Paraná por uma aliança. "Vamos ter uma renovação brutal. Partidos como eleitorado fidelizado como o PT terão uma vantagem monumental", defendeu.

Na Paraíba, a negociação entre PT e PMDB deve acontecer de forma indireta. Líder do partido de Temer no Senado, Raimundo Lira confirmou que uma das possibilidades da legenda no Estado seria uma coligação com o candidato do PSB ao governo que será indicado pelo atual governador, Ricardo Coutinho (PSB), que é aliado do PT. Segundo ele, no entanto, o partido ainda "acha cedo" tratar sobre possibilidades para 2018 e tudo ainda está "no terreno das possibilidades". (Julia Lindner)
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