Brasília, 28/06/2018 - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana de Carvalho, afirmou hoje, durante coletiva do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que a escolha da meta de inflação de 2021 não tem implicação para a condução da política monetária atual.
Na última terça-feira, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu a meta de 3,75% para 2021, com margem de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 2,25% e 5,25%). O ano de 2021, no entanto, ainda não foi incorporado no horizonte relevante tratado no RTI de hoje, já que o documento já estava finalizado. As projeções referentes ao ano de 2021 serão incorporadas no RTI de setembro.
"A ideia deste horizonte mais longo para fixação de metas [pelo CMN] é permitir a escolha sem que haja relação com o curto prazo", explicou Viana.
PIB
Viana afirmou ainda que a revisão promovida pelo BC na projeção do PIB de 2018, de alta de 2,6% para avanço de 1,6%, tem a ver, em parte, com os resultados da atividade no primeiro trimestre deste ano. "O PIB no primeiro trimestre ficou aquém do que se vislumbrava", pontuou. (Fabrício de Castro - fabricio.castro@estadao.com)