Economia & Mercados
24/02/2022 11:48

Febraban: bancos projetam alta de 7,6% no crédito em 2022, e de 6,6% em 2023


Por Matheus Piovesana

São Paulo, 24/02/2022 - O setor bancário espera crescimento de ao menos 7,6% da carteira de crédito neste ano, e uma expansão de 6,6% no próximo ano, de acordo com a Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgada hoje.

A nova estimativa para 2022 é superior à do levantamento anterior, que apontava para alta de 6,7% do crédito neste ano, e reverte a tendência de queda nas projeções que vinha desde setembro do ano passado. A alta reflete, de acordo com a pesquisa, vem das surpresas positivas dos dados mais recentes do Banco Central.

Segundo a Febraban, as revisões positivas para este ano vieram tanto da carteira de recursos livres, em que o avanço projetado passou de 8,2% para 9,4%, quanto na de recursos direcionados, cuja projeção foi de alta de 4,1% para crescimento de 5%.

A nova edição também mostrou uma revisão para baixo da estimativa de inadimplência neste ano, que passou de 3,8% para 3,7%.

A maior parte dos participantes da pesquisa (66,7%) espera que o PIB cresça até 0,5% neste ano, mas uma fatia maior (77,8%) entende que a inflação deve ficar acima do intervalo da meta do Banco Central (teto de 5% neste ano) em 2022. Em 2023, o indicador deve convergir para o centro da meta (3,25%).

Em paralelo, 72,2% dos participantes entenderam como adequadas as sinalizações da última ata do Copom para a condução da política monetária, mesmo que elas apontem para a inflação no centro da meta apenas no ano que vem.

Espera-se um aumento de 1 ponto porcentual da Selic na reunião de março, e mais 0,5 ponto de elevação em meio, com a Selic em 12,2% no final do ciclo. Algumas instituições, porém, preveem Selic em 12,75%.

No tocante à política fiscal, 66,7% dos participantes acreditam que a equipe econômica deveria conter as propostas mais agressivas que contemplem uma queda expressiva na arrecadação do governo, em um contexto de propostas como a da PEC dos Combustíveis. A expectativa é de que o governo limite a até R$ 50 bilhões o custo da medida.

A pesquisa da Febraban ouviu 18 bancos entre os dias 9 e 15 de fevereiro. A entidade realiza o levantamento a cada 45 dias, logo após a divulgação da ata das reuniões do Copom.

Contato: matheus.piovesana@estadao.com
Para ver esta notícia sem o delay assine o Broadcast+ e veja todos os conteúdos em tempo real.

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados para o Grupo Estado.

As notícias e cotações deste site possuem delay de 15 minutos.
Termos de uso