A Gafisa divulgou um documento em que relata as decisões tomadas pela nova gestão da construtora, que teve início em outubro, destacando principalmente as iniciativas para redução de custos, e a mudança de sede, que está em fase final de negociação.
O maior destaque do relatório divulgado pela Gafisa é o item redução de custos. A companhia vai encerrar o ano com 354 funcionários, ante 375 ao final de novembro, o que vai gerar uma economia adicional de R$ 8,3 milhões por ano. A empresa também cancelou temporariamente inscrições em algumas entidades de classe, com economia anual de R$ 1,3 milhão.
No que diz respeito à nova sede, a Gafisa afirma que permanecerá em São Paulo, e que a diminuição no número de funcionários permitirá que a companhia se situe em um escritório menor e mais barato. Segundo a companhia, a redução de gastos com locação, condomínio e IPTU será de aproximadamente R$ 4 milhões por ano.
Neste item, a nova administração da Gafisa ressalta que todas as ações implementadas geraram um corte de despesas de R$ 53 milhões por ano. E em uma segunda etapa, a companhia acredita que ainda é possível conseguir redução adicional entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões.
Nas outras frentes consideradas prioridade para a companhia, a nova administração destaca que concentrou os esforços de vendas de estoques em 11 empreendimentos "mais relevantes", para aumentar a velocidade de vendas e manter as margens. A Gafisa está otimista em relação a 2019, e lembra que 78% do VGV total em estoque está concentrado em São Paulo, que continuará sendo o foco da construtora.
Em relação ao funding, a nova administração afirma que a Gafisa é "uma empresa viável, com R$ 3,4 bilhões de ativos versus uma dívida corporativa de R$ 960 milhões. Assim, estamos focando na mitigação de descasamentos de fluxo".
A companhia afirma que ampliou o relacionamento com os bancos no decorrer deste mês, e avalia alternativas como securitização de carteira de recebíveis, venda de estoques e de ativos não core. Além disso, a Gafisa concluiu a estruturação de um fundo de investimento imobiliário, com início de captação previsto para o primeiro semestre de 2019.