São Paulo, 26/04/2018 - Mais de 90% dos alunos que ingressaram na Estácio para os cursos do primeiro semestre de 2018 foram atraídos por uma estratégia da companhia de cobrar menos nas mensalidades dos primeiros meses de curso, conforme afirmou o presidente da companhia, Pedro Thompson. Ele participa de teleconferência com analistas e investidores.
A Estácio lançou este ano uma estratégia em que a companhia cobra nos primeiros meses de aulas uma mensalidade de R$ 49. A diferença entre esse preço e o restante do valor da mensalidade do curso escolhido pelo aluno passa a ser cobrada de forma parcelada nos meses seguintes. A estratégia, que foi batizada de "Diluição Solidária (DIS)", foi usada tanto na graduação presencial como no ensino a distância.
Durante a teleconferência, Thompson afirmou que essa estratégia foi adotada para fazer frente a descontos e bolsas que estão sendo ofertados por concorrentes. Em vez de dar descontos, no entanto, a Estácio continuou mantendo o valor integral de suas mensalidades, porém com essa cobrança posterior de forma parcelada. Esse efeito evitou uma queda no tíquete médio da companhia, disse.
Thompson afirmou que a empresa espera continuar com essa estratégia nos próximos ciclos de captação de novos alunos. Ele descartou que haja impactos muito negativos em evasão ou inadimplência.
"Inclusive em relação a 'churn' (relação entre entrada de novos alunos e evasão de alunos que já estavam na base) e a provisão para devedores duvidosos, a estratégia tem sido positiva para a companhia", disse Thompson.
Em razão dessa nova campanha, a Estácio passou a formar uma provisão para inadimplência de 15% dos valores a serem pagos no futuro pelos alunos. Thompson afirmou que esse porcentual corresponde à média histórica de alunos que não renovam a matrícula após o primeiro período de estudos. (Dayanne Sousa - dayanne.sousa@estadao.com)
