Agronegócios
16/01/2020 11:55

Conab: 1ª estimativa prevê safra de café em 2020 entre 57,15 mi e 62,02 mi/sc (+15,9% a 25,8% ante 2019)


Por Tomas Okuda

São Paulo, 16/01/2020 - A safra brasileira de café em 2020, cuja colheita deve começar entre abril e maio, pode alcançar entre 57,2 milhões e 62,02 milhões de sacas de 60 kg beneficiadas, representando aumento de 15,9% a 25,8% em comparação com 2019 (49,31 milhões de sacas). Os números fazem parte do primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje.

Segundo a Conab, o resultado pode ser atribuído em grande parte à bienalidade positiva, sobretudo no café arábica, favorecendo a colheita em quase todas as regiões produtoras do País.

No primeiro levantamento de café na safra 2020, a área total cultivada no País com café (arábica e conilon) totaliza 2,16 milhões hectares, acréscimo de 1,4% em relação à cultivada em 2019. Desse total, 276,6 mil hectares estão em formação, redução de 13,3% em comparação com o período anterior e 1,88 milhão de hectares encontram-se em produção, representando acréscimo de 4% sobre a safra 2019. No ano passado, quando ocorreu a safra de bienalidade negativa, os produtores, como fazem frequentemente, aproveitaram o período para realizar tratos culturais nas lavouras.

A bienalidade positiva para o arábica em 2020 deve se refletir em produtividades superior. Estima-se que a produtividade deve ficar entre 30,31 sacas e 32,89 sacas por hectare, representando um aumento entre 11,4% e 20,9% em relação à safra passada, que foi de bienalidade negativa. "O aumento deve ocorrer em quase todas as principais regiões produtoras", diz a Conab, em relatório. Onde predomina o cultivo de conilon, a expectativa é de produtividades próximas à da safra passada em virtude das boas condições climáticas.

O Brasil deve colher entre 43,2 milhões e 45,98 milhões de sacas beneficiadas de arábica e entre 13,95 milhões a 16,04 milhões de sacas de conilon.

A produção de café arábica, influenciada pela bienalidade, deverá ter um aumento entre 26% e 34,1%, respectivamente, em comparação com o volume produzido na safra passada. Mas, em relação a 2018, haverá um decréscimo entre 3,2% e 9%. A Conab argumenta que a floração da atual safra ocorreu sob um clima desfavorável, com altas temperaturas e baixos índices pluviométricos. Entretanto, "o clima favoreceu no período da formação do chumbinho e do enchimento dos frutos do arábica", pondera a estatal.

A produção de conilon no País tem sido favorecida pelo clima. A produção desse tipo de café está estimada entre 13,95 milhões e 16,04 milhões de sacas em 2020, representando uma variação entre redução de 7,1% e incremento de 6,8%, respectivamente, quando comparada à produção de 2019. Espírito Santo, Rondônia e Bahia são as maiores regiões produtoras do País, com destaque para a cafeicultura capixaba, que concentrou quase 70% da produção total de café conilon na última safra.

Entre os Estados cafeicultores, Minas Gerais deve produzir entre 30,71 milhões e 32,08 milhões de sacas. No sul de Minas a quantidade oscila entre 17,03 milhões e 17,79 milhões de sacas. No Cerrado mineiro a produção ficará entre 5,82 milhões e 6,07 milhões de sacas, enquanto na Zona da Mata Mineira oscila entre 7,21 milhões e 7,53 milhões de sacas. No Norte de Minas deve ficar entre 655,7 mil e 684,9 mil sacas beneficiadas.

Na previsão para os outros Estados a estimativa mostra o seguinte cenário: Espírito Santo, 13,02 milhões a 15,44 milhões de sacas; São Paulo, 5,71 milhões a 6,1 milhões; Bahia, 3,6 milhões a 4,1 milhões; Rondônia, 2,34 milhões a 2,39 milhões; Paraná, 880 mil a 970 mil sacas; Rio de Janeiro, 316 mil a 350 mil sacas; Goiás, 265,2 mil a 276 mil sacas e Mato Grosso, 159 mil a 168,8 mil sacas.

Contato: tomas.okuda@estadao.com
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