Agronegócios
15/02/2019 14:59

Sem projeções e comentários, Cosan destaca passado em conferência de resultados do 4T18


Ribeirão Preto, 15/02/2019 - Impedida de fazer projeções de expectativas e resultados futuros por operações em curso na companhia, a Cosan ratificou apenas os dados já divulgados sobre o 4º trimestre de 2018 (4T18) e do ano passado durante a teleconferência com analistas encerrada há pouco. Logo na abertura, o gerente executivo de Relações com Investidores da Cosan, Phillipe Casale, destacou que duas empresas do grupo realizaram operações financeiras - a Comgás com a recompra de ações e a Raízen Energia com a emissão de Certificado de Recebíveis de Agronegócios (CRA) - e que projeções e resultados futuros esperados não seriam feitos.

Casale destacou a Raízen Combustíveis Argentina, que teve seus dados financeiros relatados pela primeira vez no balanço da Cosan após a compra dos ativos da Shell naquele país, operação finalizada no ano passado. Segundo ele, as operações desse braço refletiram as dificuldades da economia local. "Não foi um ano fácil", disse. O executivo foi indagado algumas vezes se, diante das dificuldades locais e de um Ebitda de apenas US$ 22 milhões no último trimestre do ano passado, operações argentinas iriam atingir a meta de Ebitda anual de US$ 250 milhões no prazo previsto. Ele apenas atribuiu o resultado trimestral à queda do petróleo acima do esperado e a uma paralisação programada em uma refinaria e não respondeu.

Sobre a Raízen Combustíveis Brasil, o executivo destacou a desaceleração econômica após a greve de caminhoneiros em maio de 2018, com a melhora gradual de consumo desde o fim da paralisação. Em relação à Raízen Energia, braço sucroenergético da Cosan, Casale citou a queda de 2% na moagem, para 59,6 milhões de toneladas, com a menor oferta de cana por causa principalmente da estiagem no Centro-Sul do País.

Ele citou também que a Raízen Energia já tem hedgeada cerca da metade do volume de açúcar esperado para ser comercializado na safra 2019/2020, em um preço médio de R$ 57 por libra-peso, ou 15% maior que a atual. Já os preços e etanol foram melhores que a média nacional graças, em parte, às ações de hedge feitas com combustível.

(Gustavo Porto - gustavo.porto@estadao.com)
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