Chicago, 26/02/2018 - Os futuros de soja, milho e trigo tende a começar esta segunda-feira fortalecidos na Bolsa de Chicago (CBOT). Os analistas dizem que a seca na Argentina está ficando cada vez mais séria, com potenciais perdas históricas às culturas que estão no campo. O Commodity Weather Group afirma que o estresse atualmente está previsto para continuar em dois terços da safra do país latino, até ao menos na próxima semana. A estiagem tem levado participantes do mercado a diminuir suas estimativas de produção, o que pode se traduzir em uma melhor demanda por grãos norte-americanos.
Sobre a oleaginosa argentina, o relatório mais recente da Bolsa de Cereais de Buenos Aires apontou que o porcentual de lavouras em situação normal a boa teve queda acentuada na última semana. Já a proporção de lavouras de regular a ruim está em 70% a 80%.
Do lado da demanda, exportadores privados norte-americanos relataram, há pouco, ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vendas de 132 mil toneladas soja da safra 2017/18 para a China, o que pode colaborar para manter os preços no positivo ao longo do dia.
No mercado de milho foram reportadas vendas de 125 mil toneladas do cereal dos EUA para destinos não revelados. O milho americano continua bem posicionado no mercado externo. Na semana passada, os exportadores dos EUA venderam 1,56 milhão de toneladas em sete dias, impulsionando as cotações em Chicago.
No trigo a perspectiva é de mais uma elevação de preços pois, durante o Fórum de Perspectivas Agrícolas, realizado na semana passada, o USDA disse que as reservas do cereal ao fim de 2018/19 devem totalizar 931 milhões de bushels (25,34 milhões toneladas), redução de 7,73% ante o volume previsto para o ciclo atual, de 1 bilhão de bushels (27,46 milhões de toneladas).
No overnight, o vencimento maio da soja ganhou 7,50 cents (0,72%), a US$ 10,55 por bushel. O milho para maio subiu 1,75 cent (0,47%), a US$ 3,7625 por bushel. Enquanto igual vencimento do trigo avançou 5 cents (1,08%), a US$ 4,6925 por bushel. (Nayara Figueiredo, nayara.figueiredo@estadao.com - com informações da Dow Jones Newswires)
