Agronegócios
31/03/2020 10:52

Coronavírus/Defensivos: empresas mudam rotina mas fábricas e centros de pesquisa seguem operando


Por Clarice Couto

São Paulo, 31/03/2020 - As principais companhias de agroquímicos com operações no Brasil tiveram de mudar suas rotinas para manter seus funcionários protegidos em tempos de coronavírus sem comprometer a produção. Bayer, Syngenta, Basf, Adama e Corteva determinaram que a grande maioria de seus funcionários trabalhe de casa. Nas unidades fabris, que demandam a presença de um número mínimo de pessoas, as medidas de segurança foram intensificadas, a frequência da limpeza das instalações aumentou e práticas de distanciamento social agora fazem parte do cotidiano.

Bayer e Corteva informaram que passaram a medir diariamente a temperatura de funcionários. Nas fábricas da Bayer foram destacadas pessoas com funções estratégicas para dar continuidade à produção desde que mantido o distanciamento de ao menos dois metros de distância nos espaços de trabalho e refeitórios e não permanecer por mais de 15 minutos em locais fechados com outros colaboradores.

A Corteva também adotou práticas semelhantes, mantendo apenas "um número mínimo de funcionários essenciais nas unidades". "Estamos focados nos produtos que serão mais demandados pelos produtores no momento e, por esta razão, trabalhando para não comprometer a produção de alimentos no País", disse a empresa em nota ao Broadcast Agro.

Na Syngenta, colaboradores aptos a desempenhar suas funções de casa deixaram de comparecer aos escritórios. A empresa manteve abertas, no entanto, unidades de pesquisa e operacionais "que demandam a presença física de profissionais". Nestes locais, fez readequação de turnos, diminuiu o número de colaboradores e restringiu o número de participantes em reuniões e em ambientes fechados. As visitas aos clientes foram substituídas por telefonemas ou contatos por aplicativo.

Assim como as concorrentes, a Adama implementou o home office para parte dos funcionários. As fábricas estão operando sem alterações de horário e as ações de limpeza foram intensificadas. Nestes locais, a empresa revisou postos de trabalho para conseguir manter a distância recomendada entre os profissionais, remodelou o layout das mesas e cadeiras e mudou os horários de uso dos refeitórios.

A Basf também reduziu "significativamente" o número de colaboradores administrativos em seus escritórios e unidades, adotando "home office" e promovendo reuniões virtuais. Nas fábricas, aumentou a frequência da limpeza e ainda da reposição dos filtros de ar condicionado, entre outras medidas. A empresa disse que está avaliando "possíveis impactos nos negócios na América do Sul" e criou um time de representantes de várias áreas para avaliar continuamente a situação da epidemia na região.

Contato: clarice.couto@estadao.com
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