Agronegócios
15/05/2020 11:13

ED&F Man/Thais Italiani: baixo estoque de soja explica posicionamento agressivo da China em importação


Por: Leticia Pakulski

São Paulo, 15/05/2020 - A China vive um momento de retomada do consumo de ração animal com a recuperação nos rebanhos suínos após as perdas nos últimos anos com a peste suína africana, disse a analista sênior em Pesquisa de Mercado em Grãos e Oleaginosas na ED&F Man Capital Markets, Thaís Carvalho Italiani, em webinar promovida pela Refinitiv nesta quinta-feira (14). "O cobertor é curto. A China hoje está nos seus menores níveis de estoque de soja e farelo, por isso o seu posicionamento tão agressivo na importação da oleaginosa", disse a analista.

Segundo Thais, apesar das indicações chinesas de aceleração das compras dos EUA, a conta para importar soja norte-americana "não está fechando" e o "pipeline da China está cheio", uma vez que o país asiático deve receber nos próximos meses grandes volumes adquiridos do exterior. "Daqui até julho estamos falando em mais de 30 milhões de toneladas chegando à China, e uma grande parcela disso é de soja brasileira." Ela estima que, somados os volumes adquiridos anteriormente, o país asiático precisaria apenas de mais 20 milhões de toneladas de soja para fechar as suas necessidades de importação no ano.

Ainda conforme Thais, a soja brasileira está "muito mais competitiva do que a norte-americana" nos portos chineses, graças principalmente à desvalorização do real. A soja brasileira chegaria a US$ 359/tonelada (custo e frete) nos portos da China, e a norte-americana, a US$ 369/tonelada.

Contato: leticia.pakulski@estadao.com
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