São Paulo, 06/05/2022 - A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu alterar o Limite Máximo de Resíduo (LMR) de alguns produtos brasileiros. Entre eles, o limite máximo de resíduos para a cultura do café passou de 0,05 para 0,15 mg/kg. A medida agradou o setor produtivo, segundo informações do Conselho Nacional do Café (CNC).
Conforme o conselho, a mudança é uma grande conquista para a produção cafeeira, considerando que os produtores têm dificuldades para combater doenças e pragas, tendo de se adaptar ao LMR na aplicação dos defensivos, cujo teor era extremamente baixo. Para combater a broca do café e o bicho mineiro, pragas que atacam os frutos e as folhas, prejudicando as lavouras, o LMR era de até 0,05 mg/kg.
A medida da Anvisa foi publicada por meio da Instrução Normativa (IN) nº 146, no dia 29 de abril. O CNC defende que a questão dos resíduos é um assunto técnico, e não comercial, e que deve ser constantemente monitorada dentro da cadeia produtiva.
O presidente do CNC, Silas Brasileiro, disse em nota: "ressaltamos o rigor imposto pelos órgãos ambientais e de saúde no processo de registro de um produto. São profissionais muito técnicos que avaliam os impactos na saúde humana e no meio ambiente, antes de autorizarem o registro ou um aumento no limite máximo de resíduos. Portanto, julgamos como acertada a decisão para que possamos combater as pragas que atacam o cafeeiro, já que essa quantidade preconizada não prejudica a saúde, nem o meio ambiente".
