São Paulo, 30/07/2021 - O poder de compra dos avicultores brasileiros em relação aos insumos usados na atividade voltou a aumentar em julho, sustentado pelos preços em alta da carne no mercado doméstico. "Frente ao derivado da soja, esse já é o quinto mês consecutivo de melhora, e frente ao cereal, o terceiro", disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No Estado de São Paulo com um quilo de frango vivo foi possível adquirir 3,55 quilos de milho (dados até o dia 28), quantidade 0,2% maior que a de junho, mas ainda 20,9% abaixo da de julho/20. "Na comparação com o farelo de soja na região de Campinas, foi possível ao produtor a compra de 2,51 quilos do derivado com a venda de um quilo do animal na parcial do mês, quantidade 9,9% maior que a do mês anterior e ainda 19,5% acima da observado em julho/20", disse o Cepea em nota.
O mercado da carne tem boa liquidez devido à forte demanda interna pela proteína mais em conta (em relação às demais proteínas animais). Na média das regiões do estado de São Paulo, o frango vivo foi comercializado a R$ 5,74/kg na parcial de julho, valor recorde nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2004, com altas de 5,9% em relação a junho e de 56% no comparativo com o mesmo mês de 2020.
De 21 a 28 de julho, os preços da maioria dos produtos acompanhados pelo Cepea se mantiveram em alta, mas o período de fim de mês limitou os aumentos, informou. O filé de peito resfriado comercializado no atacado da Grande São Paulo foi cotado a R$ 12,80/kg na terça-feira, 28, alta de 2,4% em sete dias. Já a coxa com sobrecoxa resfriada, na mesma região, se desvalorizou leve 0,5%, indo a R$ 7,85/kg.
