Agronegócios
02/08/2017 13:35

Fipe/Chagas: IPC de agosto deve ficar em 0,41% com combustíveis (0,17pp) e energia (0,22pp)


São Paulo, 02/08/2017 - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) deve fechar agosto com alta de 0,41% após os preços na capital paulista caírem marginalmente (-0,01%) em julho, conforme estimativa do coordenador do índice, André Chagas. Em junho, o indicador havia subido 0,05%.

Segundo ele, as principais pressões neste mês devem vir de energia elétrica, com impacto altista de 0,22 ponto porcentual, e de combustíveis, que devem produzir efeito positivo de 0,17 ponto no índice.

No caso de energia, a elevação estimada de 6,6% em agosto considera o reajuste de 5,5% anunciado pela Eletropaulo em julho, assim como a adoção da bandeira amarela no mês passado, que só são captados no IPC quando efetivamente aparecem nas contas dos consumidores. Há também impacto de 0,03 ponto da revisão da alíquota de PIS/Cofins sobre as faturas de luz da Eletropaulo.

A gasolina deve continuar o movimento de elevação já observado na última quadrissemana de julho, quando subiu 0,28%, de queda de 2,40% na terceira leitura do mês. "A política de revisão de preços da Petrobras não impediu a inflação da gasolina." O etanol, contudo, continuou recuando (-1,14%, de 3,89% na terceira quadrissemana) mesmo com elevação do tributo, já que a cana de açúcar está no meio da safra, segundo Chagas.

A previsão do coordenador é que ambos os combustíveis subam 5,97% em agosto, já considerando a redução de R$ 0,08 na alíquota o PIS/Cofins sobre o etanol nas distribuidoras. No dia 20 de julho, o governo havia anunciado o aumento de zero para R$ 0,1964 por litro, mas foi informado pelo setor que a alíquota havia extrapolado o limite máximo. Após a mudança, o valor cobrado é de R$ 0,1109 por litro.

Alimentação, por outro lado, deve continuar a segurar a inflação em agosto, pois deve seguir mostrando baixa de preços, embora em menor intensidade. Chagas estima queda de 0,19% para o grupo depois de recuo de 0,26% em julho. Os principais itens a contribuir com a redução no segmento são os semielaborados, enquanto os industrializados e os in natura devem subir mais em agosto.

Em julho, os semielaborados, subgrupo que compreende as proteínas animais, foi a principal surpresa de baixa do indicador, segundo Chagas. "As condições de exportações de carnes estão desfavoráveis depois da Operação Carne Fraca, além disso a safra recorde reduz o preço das rações para os animais, o que é repassado para o preço ao consumidor." Por outro lado, o aumento dos planos de saúde foi maior que o esperado no grupo Saúde, que subiu 1,18% na última quadrissemana de julho, de 0,04% na anterior. (Thaís Barcellos - thais.barcellos@estadao.com)
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