Por Marcela Guimarães
São Paulo, 24/10/2020 - O Chile superou a marca de 500 mil infecções por coronavírus confirmadas ao longo da pandemia, com 13 mil mortos. Os números divulgados neste domingo significam que um em cada 40 habitantes apresentam o vírus.
O avanço das infecções é ainda mais preocupante já que os chilenos vão às ruas hoje para decidir sobre uma nova Constituição no país. Um forte esquema de segurança foi montado pelo governo de Sebastián Piñera para tentar impedir que pessoas com o vírus contaminem outros nos locais de votação.
O jornal chileno La Tercera afirma que a consulta pública acontece "em modo Covid" com obrigatoriedade do uso de máscaras e distância de 3 metros entre cada cidadão.
O subsecretário de Redes de Atendimento, Arturo Zúñiga, reiterou o apelo para que infectados pela covid fiquem em casa e não compareçam às urnas. Uma espécie de "zona de controle" foi montada a 20 metros dos locais de votação, onde as pessoas são selecionadas aleatoriamente para verificar se estão na base de pessoas que deveriam estar em quarentena, informou a mídia local.
Mais de 14,1 milhões de chilenos estão habilitados a votar nestas eleições - com votação voluntária - , que foram reivindicadas durante os protestos sociais que incendiaram o país no período de um ano.
O horário de votação foi estendido em duas horas para reduzir as aglomerações e com diferenciação para os maiores de 60 anos. Os locais de votação devem ficar abertos até as 20h deste domingo, no horário de Brasília.
O plebiscito decidirá se o país terá ou não uma nova Constituição e também qual seria o modelo dessa nova Carta. As opções são uma Convenção Mista, formada por um número igual de congressistas e membro eleitos, ou uma Convenção Constitucional, em que o documento seria redigido apenas por membros eleitos.
Contato: marcela.guimaraes@estadao.com
