Economia & Mercados
26/04/2018 13:33

Para Vale, prêmio do minério de alta qualidade deve ficar elevado


O diretor executivo de Metais Básicos da Vale, Peter Poppinga, disse, em conferência para analistas, que a qualidade de minério de ferro que está para vir vai afetar alguns concorrente "major brands" de forma negativa. Para ele, não há risco de uma superoferta, como se falava na ocasião do lançamento do projeto S11D. A expectativa é de que o prêmio do insumo de alta qualidade continue elevado.

O aumento da produção do S11D fará, ainda, com que a diminuição do minério de mais baixa qualidade (low grade) seja mais rápida.

O executivo frisou que o aumento da produção do S11 vai superar o queda na produção em minas de menor qualidade. Desde o fim do ano passado, a Vale vem reduzindo e até interrompendo a produção em minas que têm minério com menor teor de ferro, localizadas principalmente na região sudeste.

Segundo Poppinga, a companhia está conseguindo colocar minério de ferro de alta qualidade não apenas nos maiores mercados, como Japão, China e Europa, mas também em mercados secundários como o Leste Europeu e o próprio Brasil. E não há preocupação com os estoques de minério da China. Entre as razões, explicou, está a pressão por menores emissões atmosféricas.

No Brasil, a Vale está adotando estrutura de navegação de cabotagem para atender a demanda interna por minério de Carajás. "A nosso juízo, isso é algo que veio para ficar. É estrutural", completou o presidente da companhia, Fabio Schvartsman.

Poppinga disse ainda que não há preocupação em torno dos estoques que existem hoje na China, que somam 160 milhões de toneladas. Segundo ele, cerca de 30 milhões de toneladas vêm de junior miners, e de baixa qualidade, que estão "encalhadas".

O minério proveniente da Vale faz parte da estratégia da companhia e, como esse produto é de alta qualidade, ele será vendido.
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