Economia & Mercados
29/03/2022 11:00

Entrevista/Afya/Gibbon: Vamos crescer com aquisições e vagas dos Mais Médicos


Por Luísa Laval

São Paulo, 28/03/2022 - Principal grupo de faculdades de medicina no País, a Afya aposta na expansão em cidades do interior para fortalecer sua rede de serviços para estudantes e médicos. Hoje, a empresa diz possuir cerca de 30% dos mais de 240 mil médicos do País utilizando de forma recorrente suas soluções, como sistemas de agendamentos de consultas.

Um ponto relevante nessa estratégia foi a autorização de cursos do Programa Mais Médicos, que tem como objetivo levar mais profissionais para regiões onde há escassez ou ausência de mão de obra qualificada. Neste modelo, a empresa ganha o direito de operar vagas do curso de Medicina para formar novos profissionais, por meio da construção de infraestrutura numa região pré-definida.

Neste ano, o grupo já adicionou 200 novas vagas ao total do portfólio vindas do programa. Os cursos se darão em cidades como Itacoatiara (AM) e Bragança (PA). A Afya foi o grupo de educação médica com mais aprovações no último edital do Mais Médicos, em 2018, conquistando o direito de operar faculdades de Medicina em sete municípios (25% das cidades oferecidas à época).

Listada na Nasdaq desde 2019, a partir da incorporação de outras marcas do segmento de educação médica, a Afya é a principal companhia em graduação em Medicina, com atualmente 2.731 vagas autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC). O grupo conta com 26 instituições de ensino superior com oferta do curso de Medicina, em 13 Estados, além de unidades de pós-graduação na área médica e de saúde em 11 capitais.

Segundo o CEO da companhia, Virgilio Gibbon, a ideia é se estabelecer em lugares que não possuem faculdades de Medicina, ao mesmo tempo em que a empresa fortalece seu ecossistema de serviços.

"Oferecemos soluções para toda a jornada do médico, desde o agendamento de consultas até ferramentas que ajudam na tomada de decisão clínica. Com essas parcerias (Mais Médicos), levamos todas essas soluções para ajudar no tratamento dentro do SUS em municípios do interior", afirma.


Virgilio Gibbon, CEO da Afya. Divulgação/Afya

No início do mês, a companhia anunciou que o conglomerado de mídia alemão Bertelsmann assumirá o controle da companhia. Após a conclusão da operação, prevista para abril, a Bertelsmann e a família Esteves terão 57,5% e 33,1% de participação.

A companhia é considerada uma das preferidas entre as empresas de educação, por focar justamente na "joia do setor": os cursos de Medicina. Além de possuírem tíquete mais alto, é uma das áreas com menor evasão de alunos e com forte relação candidato/vaga em qualquer região do País.

No mercado, as vagas para área médica são vistas com outro peso. "Atualmente, como estamos precificando: Tudo o que é ex-medicina (outros cursos) está valendo próximo de zero, mesmo nos grupos grandes. O que acaba tendo valor é a escola de Medicina, em que se capta 100% das vagas abertas e a evasão é muito baixa, de menos de 10% , o que dá uma previsibilidade de receita muito grande", afirma Daniel Damiani, sócio da JK Capital.

Confira os principais trechos da entrevista com Virgilio Gibbon na tela do terminal Broadcast.

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