São Paulo, 27 de dezembro de 2018. A pesquisa mensal de confiança da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) identificou que a parcela de brasileiros pouco à vontade para comprar eletrodomésticos caiu de 56% em novembro para 52% em dezembro. Ao mesmo tempo, o universo de entrevistados à vontade para realizar aquisições desse tipo subiu de 19% para 22%.
Segundo a ACSP, a melhora na intenção de compra desses produtos reflete o resultado de outro componente do
Índice Nacional de Confiança (INC) da ACSP: a parcela de entrevistados seguros em seus empregos aumentou de 24% em novembro para 28% em dezembro. “Por serem compras feitas geralmente a prazo, o consumidor só vai fazê-las se sentir-se capaz de arcar com as prestações, se estiver confiante de que não será demitido”, comenta Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). O percentual de inseguros no emprego cai de 43% para 40% de um mês para outro.
Para Burti, a melhora desses indicadores se deve a dois fatores. Um é de natureza econômica, que é o crescimento ? mesmo que fraco ? dos níveis de emprego, conforme os últimos índices oficiais, e de acordo com o próprio INC, que mostrou que em novembro cada entrevistado conhecia uma média de 4,95 pessoas demitidas nos últimos seis meses e em dezembro esse número caiu para 4,81. O outro fator é o político, é a esperança do consumidor em relação à nova administração do País.
Tal como com os eletrodomésticos, a intenção de compra de bens de maior valor, como carro ou casa, melhorou. Se no mês passado 69% dos entrevistados diziam estar pouco à vontade para realizar uma aquisição do tipo, esse número caiu para 64% em dezembro. O INC foi feito em todas as regiões do País entre os dias 1º e 8 de dezembro. A margem de erro é de três pontos.
“A confiança do brasileiro claramente está crescendo e a tendência é de que o consumo melhore em 2019, beneficiando o comércio consequentemente”, finaliza o presidente da ACSP.
O levantamento foi feito pelo Instituto Ipsos a partir de 1.200 entrevistas pessoais e domiciliares, realizadas em 72 municípios no Brasil inteiro, com amostra probabilística, com cota no último estágio de seleção e margem de erro de três pontos percentuais, representativa da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2014).
(Renato Santana de Jesus - Assessoria de Imprensa - rjesus@acsp.com.br (
11) 3180-3220)
(% DOS ENTREVISTADOS)
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dez/18
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nov/18
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dez/17
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dez/16
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SIT. FINANC. ATUAL BOA
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23
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23
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22
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25
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SIT. FINANC. ATUAL RUIM
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51
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53
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58
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50
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SIT. FIN. FUTURA MELHOR
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44
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42
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34
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38
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SIT. FIN. FUTURA PIOR
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17
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19
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28
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23
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SEGUROS NO EMPREGO
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28
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24
|
16
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18
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INSEGUROS NO EMPREGO
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40
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43
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62
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51
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À VONTADE COMPR. ELETRO.
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22
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19
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14
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15
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MENOS À VONT. COMP. ELET.
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52
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56
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67
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64
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À VONTADE C/ CARRO CASA
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13
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11
|
9
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11
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MENOS À VONT. CARRO/CASA
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64
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69
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72
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68
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