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25/07/2022 14:12

Potencial energético da região Noroeste Paulista será destaque no NAENERGIA


POTENCIAL ENERGÉTICO

Com um parque industrial voltado principalmente a agroindústria e metalurgia, a região noroeste tem um polo importante de geração de bioeletricidade a partir da biomassa

Catanduva, julho de 2022 - Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) indicam que 73 empreendimentos em 30 municípios da região noroeste paulista têm capacidade para produzirem 2.526.827,50 quilowatts (KW) de energia. Essa é a potência outorgada pela agência reguladora.

A potência instalada nestas 30 cidades corresponde 10,2% do total outorgado em todo Estado. A maioria delas em operação e originária da biomassa - energia limpa.

Somente em Catanduva são cinco usinas liberadas que somam 107.092 KW de potência outorgada. Todas as cinco com produção de energia por biomassa. Na microrregião, temos usinas que produzem energia não só em Catanduva, mas em Ariranha, Itajobi, Novo Horizonte, Paraíso, Marapoama, Pirangi e Vista Alegre do Alto - o que totaliza 23 empreendimentos e 449.302 Kw de potência.

Ainda segundo a ANEEL, a potência total instalada no Brasil, até junho, foi de 185.041 megawatts (MW), atualizado com dados de usinas em operação e de empreendimentos outorgados em fase de construção. Desse total em operação, 83% das usinas são impulsionadas por fontes consideradas sustentáveis, com baixa emissão de gases do efeito estufa. Somente no estado de são Paulo são 24.979 MW autorizados.

Com um parque industrial voltado principalmente para a agroindústria e metalurgia, a região tem um polo importante de geração de bioeletricidade a partir da biomassa. Um fator a ser explorado entre as empresas geradoras e consumidoras de energia.

Quando falamos em consumo, Catanduva fica com a 60ª posição no ranking paulista com 333,922 megawatts hora consumidos - dados da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado referente ao ano de 2020.

O polo industrial da cidade é composto por uma grande diversidade de produtos. Para se ter uma ideia, 70% dos ventiladores comercializados em todo Brasil são produzidos em Catanduva. A cidade também tem as principais exportadoras de óleo de amendoim , café solúvel e descafeinado. Pasteurização de leite e produção de derivados, indústria gráfica, fábricas de doces e muitos outros.

Na microrregião, temos frigoríficos, produção de cachaça, velas, peças, usinagem, calçados e móveis - segmentos que consomem grande volume de energia e que a maioria ainda se mantém abastecida pelo mercado regulado.

São cerca de 300 indústrias somente na área de alimentação, conforme a estimativa do Sindicato da Alimentação da Região de Catanduva. "É um polo industrial variado. Temos desde pequenas fábricas a grandes indústrias. Isso sem contar as que não estão inseridas no sindicato", afirma o presidente do Sindicato da Alimentação Marcelo dos Santos Araújo.

Na região noroeste paulista são cerca de 9 mil indústrias instaladas em 102 municípios abrangidos pelo Centro das Indústrias de São Paulo (CIESP). "A indústria é um dos setores mais importantes da economia do noroeste paulista", afirma Aldina Clarete D'Amico, diretora titular do Ciesp Noroeste Paulista.

Migração para o mercado livre de energia

36% das unidades consumidoras (UCs) que migraram do Ambiente de Contratação Regulada (ACR) para o mercado livre de energia estão em São Paulo. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) referentes a maio deste ano.

Em todo o Brasil, 28.439 UCs optaram pela negociação alternativa ao suprimento da concessionária e, somente em São Paulo foram 10.277 até o quinto mês deste ano.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em 2022, o mercado livre se consolida, sendo responsável por 83% do parque em construção.

Um estudo feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), divulgado ao final de 2021, mostra que em São Paulo são mais de 17,5 mil Unidades Consumidoras que poderiam estar inseridas no mercado livre de energia, mas que ainda permanecem sendo abastecidas pelo mercado regulado.

Os consumidores identificados no levantamento são empresas de grande e médio porte, como indústrias, shoppings ou redes de supermercados que, sozinhos ou unidos, alcançam carga acima de 500 kW, a demanda mínima exigida atualmente para operar no Ambiente de Contratação Livre (ACL).

O mercado livre permite a negociação direta de contratos com fornecedores, além de um fornecimento potencialmente mais barato e mais adequado às necessidades individuais. Entre os que já podem, mas ainda não estão, a maior parte está na faixa de consumo comercial, seguido por poder público, industrial, serviço público e rural.

E é por isso, que a Associação Comercial e Empresarial de Catanduva (ACE) realiza o NAENERGIA - evento voltado para empresas de todo o noroeste paulista e também grande São Paulo que terá o mercado livre de energia, energia renovável, tecnologia, ESG e eficiência energética como temas abordados. O NAENERGIA tem o foco em atrair os olhares das empresas para ampliar o potencial energético no polo industrial e comercial da macrorregião e favorecer a redução de custos com energia.

A expectativa é reunir cerca de 200 representantes de empresas do Estado, além de autoridades regionais.

O encontro está marcado para o dia 27 de julho, no Schettini Eventos, em Catanduva, das 8h às 17 horas e terá a participação da Auren Energia, do Grupo Votorantim Energia, Nord e MoveOn, O NAENERGIA tem apoio do Broadcast Agro.

"Vamos apresentar uma infinidade de possibilidades para as indústrias e comércios - geradoras e consumidoras de energia. Precisamos nos posicionar como uma região potente e umas das principais geradoras de energia por meio de fontes renováveis e possibilitar novos negócios. No segmento de aquisição no mercado livre, por exemplo, é possível ter uma redução em torno de 30% na fatura", afirma o presidente da ACE, Marcos Escobar.

"O comportamento da nossa indústria se supera e resolve os problemas da forma criativa e resiliente. O industrial está atento ao seu caixa, ao mesmo tempo que está atento ao que é essencial à sociedade e ao meio ambiente. E ele já está fazendo as mudanças necessárias, mesmo que sem subsídios de políticas públicas, mas ainda há muito que avançar. Por isso, nós do Ciesp Noroeste Paulista não poderíamos estar de fora desse debate sobre mercado livre de energia", comenta a diretora titular do Ciesp, entidade que apoia o evento.

"O empresário precisa saber que há possibilidades de mudanças e que elas podem refletir economicamente. Quando temos bandeira vermelha ou como tivemos recentemente a bandeira tarifária de crise hídrica, esses valores a mais não são repassados fielmente ao preço dos produtos. Se as indústrias repassarem todos os custos reajustados, certamente, reduziriam suas vendas. Portanto, essa abertura de novas opções e de redução de custos com a energia elétrica, beneficia não só o empresário, a empresa, mas também o consumidor final", afirma o presidente do Sindicato da Alimentação.

Palestras

Será um dia inteiro de palestras em diferentes temas que envolvem o potencial energético da região.

Estão confirmados os palestrantes:

Juliana Aline Galan Maginador, especialista em tecnologia II no SENAI Bauru, que abordará o tema eficiência energética.

Lucas Delmasquio, consultor comercial WAY 2, que abordará a telemedição e tecnologia para o setor elétrico;

Fábio Souza, consultor técnico da Nord DriveSystems, com a palestra eficiência eletromecânica de desempenho;

Alex Greve Zelle, sócio diretor da Move On e Product Owner, que discorrerá sobre a digitalização de processos operacionais para a excelência produtiva;

Fabian Gonçalves - gerente de Negócios de Sustentabilidade SGS - com a palestra a revolução sustentável do mercado;

Raul Cadena e Rene Abrantes Carvalho - vice-presidente de clientes e Comercialização da Auren Energia e diretor de relacionamento com cliente da Auren Energia - que vão falar sobre mercado livre e migração;

Bruno Noronha - Gerente Executivo de Planejamento Energético- que trará a palestra curva de preço e cenário de energia atual;

Donato da Silva Filho - sócio fundador da Volt Robotics, professor em cursos de pós-graduação em modelagem computacional e sistemas inteligentes na USP e na FIA - que finaliza a rodada de palestras abordando o tema perspectivas econômicas e políticas em energia

Serviço: NAENERGIA

Data: 27/07/2022
Local: Schettini Eventos - Avenida Engenheiro José Nelson Machado, 1785 - Catanduva-SP
Horário: das 8h às 17h
Página do evento: https://acecatanduva.com.br/na-energia/

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