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08/09/2017 10:07

Nova câmara de comércio entre EUA e Brasil pretende tornar fácil o acesso ao mercado americano a empreendedores Brasileiros


São Paulo, SP--(DINO - 08 set, 2017) - Você quer empreender no Brasil, abrir uma empresa. Ou fechá-la. Tirar seu passaporte, carteira de identidade ou de motorista. Requerer a aposentadoria, limpar o nome no Serasa, alugar um imóvel. Declarar o Imposto de Renda. Só de ler já ficou cansado? Não foi só você. Em uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 80% dos brasileiros consideraram o País "burocrático" ou "muito burocrático". Especialistas dizem que não é só uma questão de chatice: a burocracia em excesso empaca nosso crescimento econômico.

Wesley Brook, presidente da Associação União dos empresários do Brasil diz que é quase um atestado de insanidade empreender no Brasil com tamanha burocracia, morosidade e maior carga tributaria do mundo, e chama atenção para empresários brasileiros que mudam de país e tem crescimento meteórico em novos empreendimentos.

Wesley chama atenção para o tramite e morosidade para abrir uma filial de uma loja no Brasil, "leva mais de um ano para conseguir a documentação de abertura. " Para abrir uma loja nova seria mais ou menos assim:


1. Arrumar um ponto comercial regularizado e com habite-se ? mais da metade não tem;
2. Negociar com o proprietário e assinar o contrato de locação;
3. Deliberar a abertura da filial e alterar o contrato social;
4. Mandar para a Junta Comercial do Estado de Origem e aguardar "arquivamento";
5. Atender as exigências da Junta, mesmo que não entenda o motivo;
6. Receber ata "arquivada" e mandar para junta comercial do estado de destino;
7. Atender as exigências da Junta, mesmo que não entenda o motivo;
8. Receber a ata arquivada;
9. Tirar CNPJ e Inscrição Estadual da nova loja;
10. Tirar Inscrição Municipal da nova loja;
11. Dar entrada dos projetos na prefeitura e aguarda aprovação;
12. Aguardar aprovação da prefeitura; (multiplique isso por 10)
13. Após aprovação da prefeitura, iniciar as obras;
14. Solicitar vistoria dos bombeiros;
15. Aguardar vistoria dos bombeiros; (multiplique isso por 20)
16. Atender exigências dos bombeiros e pedir nova vistoria;
17. Aguardar vistoria dos bombeiros;
18. Obtém habite-se;
19. Dá entrada no pedido de alvará;
20. Obtém alvará de funcionamento;
21. Inaugura a loja;

Em torno da burocracia, surgiu um grupo de profissionais especializados para lidar com ela. "A burocracia criou um mercado. Hoje, retirar esse obstáculo é mexer com empregos", aponta Wesley.

Existem consultorias, que não gostam de ser chamados de "despachantes", cuja única finalidade é ajudar empresas a navegar pela burocracia.

Wesley se cansou de tudo isso, conta que não queria mais viver em um ambiente assim e decidiu ir para a terra do Tio Sam onde foi aceito em uma universidade no sul do estado da Florida.

Pensando como um bom empreendedor Wesley, decidiu fazer do limão uma bela limonada e explorar esse gargalo burocrático Brasileiro e resolveu fundar a America-Brazil Chamber of Commerce uma câmara de comércio para aproximar os brasileiros do maior mercado consumidor do mundo resolvendo os pontos críticos, acesso a capital, recrutamento e seleção, treinamento, etc.

Já se tem planejado alguns eventos para atrair empreendedores brasileiros para seminários e fóruns de negócios para demostrar oportunidades.

Wesley diz que nos Estados Unidos, o ambiente é "pro-negócios": o governo de fato incentiva e trabalha para atrair e facilitar a instalação de novos negócios no país. Além disso, o governo americano incentiva a inclusão e a contração de trabalhadores menos favorecidos; incentiva, não obriga como ocorre no Brasil. Nos EUA não tem "cota de PNE", "cota de menor aprendiz", lá o modelo é: se você contrata os menos favorecidos, recebe incentivos.

Outra surpresa foram as leis trabalhistas: lá pode-se pagar por hora, por mês ou de acordo com a produtividade, não tem nada que sequer se assemelhe ao arcaísmo da CLT. Não tem FGTS, férias pagas e estabilidade. O trabalhador médio americano tem um padrão de vida muito melhor que seus colegas brasileiros.

"Reconhecimento de firma" e "cópia autenticada" são figuras que não fazem parte do dia a dia de negócios nos EUA. O que você fala vale, e ai de você se não falar a verdade.

O americano confia nas informações que recebe e a punição, em caso de prestar falsas declarações, é severa. Lá você não precisa provar, antecipadamente, que é honesto e também não tem alguém te tutelando o tempo todo e dizendo o que você pode e não pode fazer. Parte-se da premissa de que as regras serão seguidas e de que quem não segui-las arcará com as consequências.

As contratações de fornecedores são muito mais rápidas, as propostas são mais objetivas, as negociações mais claras. Ninguém fica o tempo todo preocupado com o "aonde está a pegadinha" ou achando que o "outro quer se dar bem em cima de você". De outro lado, isso faz com que o americano seja mais "literal". Vale o que foi dito, vale o que está na proposta. Não está na proposta? Então não faz parte do escopo. Não tem jeitinho nem "veja bem", não tem muito espaço para interpretação.

Apesar de adorar o Brasil, o calor humano e o jeito de ser do brasileiro, ele ficou encantado com os efeitos benéficos da competição. Um mercado competitivo produz melhores resultados para todos: gera mais riqueza, mais empregos e mais bem-estar social. Apesar da falta do arroz e feijão, Wesley segue feliz da vida seu projeto nos EUA.


Website: http://www.wesleybrook.com

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