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19/07/2019 09:40

Insegurança no emprego cresce e confiança cai 5 pontos em junho no País, diz INC da Associação Comercial de SP


São Paulo, 19 de julho de 2019. O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou 94 pontos em junho – cinco a menos do que os 99 de maio. Os componentes de emprego puxaram a queda. Os inseguros no emprego somaram 46% dos entrevistados em junho (contra 40% em maio). Já 30% avaliaram como grande a chance de perda de emprego nos próximos seis meses (26% no mês anterior). E 69% conheciam alguém que foi demitido (65% em maio).



“A confiança tem encontrado resistência em ficar no campo positivo, acima dos 100 pontos, principalmente por causa da situação do emprego, que é muito frágil”, diz Marcel Solimeo, economista da ACSP, em relação ao ainda elevado índice de desemprego no País.



O INC varia entre zero e 200 pontos, sendo o intervalo de zero a 100 o campo do pessimismo e, de 100 a 200, o do otimismo. A margem de erro é de três pontos. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 26 de junho.



Consumo



Inseguros no emprego, os consumidores estão também mais cautelosos nas compras parceladas, prejudicando o varejo. Em junho, 49% estavam menos à vontade para comprar eletrodomésticos nos próximos seis meses (46% em maio) e 61% não estavam propensos a adquirir um carro ou um imóvel (58% no mês anterior).   









































































(% DOS ENTREVISTADOS)




jun/19




mai/19




jun/18




SIT. FIN. ATUAL BOA




31




34




20




SIT. FIN. ATUAL RUIM




44




41




58




SIT. FIN. FUTURA MELHOR




44




44




33




SIT. FIN. FUTURA PIOR




19




17




28




SEGUROS NO EMPREGO




25




28




18




INSEGUROS NO EMPREGO




46




40




56




À VONTADE COMPR. ELETRO.




25




28




15




MENOS À VONT. COMP. ELET.




49




46




66




À VONTADE C/ CARRO CASA




17




19




10




MENOS À VONT. CARRO/CASA




61




58




72




 



Regiões e classes



A maior variação da confiança foi no grupo Norte/Centro-Oeste, cuja confiança caiu de 104 para 95 pontos entre maio e junho, possivelmente por dificuldades enfrentadas recentemente pelo setor extrativista, forte na região Norte. Por outro lado, a confiança do Nordeste subiu de 72 para 78 pontos, embora ainda seja a região mais pessimista de todas.



No recorte por classe social, o destaque é do INC da classe D/E, que caiu de 79 para 75 pontos na passagem de maio para junho, enquanto no grupo de classes A/B caiu de 104 para 101 pontos na mesma comparação.



“Em síntese, a confiança do consumidor brasileiro reflete o baixo ritmo de crescimento da atividade em geral e o desemprego alto. Esperamos que, com o avanço da reforma da Previdência e com a flexibilização da política monetária, a economia e o consumo sejam estimulados”, afirma Solimeo.



Metodologia



O INC foi elaborado a partir de 1.237 entrevistas pessoais e domiciliares, realizadas mensalmente em 78 municípios no Brasil inteiro, com amostra probabilística, com cota no último estágio de seleção e margem de erro de três pontos percentuais, representativa da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2015).

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