São Paulo, SP--(
DINO - 30 ago, 2017) - No último dia 16, por causa da queda na arrecadação, o Governo realizou uma revisão da meta fiscal, e de acordo com os sinais positivos da economia, especialmente da inflação que está abaixo do esperado, o valor do salário mínimo de 2018 foi revisado, com uma baixa de R$ 10, passando de R$ 979 para R$ 969. Dessa forma, no próximo ano, deve haver uma economia de R$ 3 bilhões para o Governo no próximo ano.
Quem divulgou a mudança foi o Ministério do Planejamento. Atualmente, o valor do mínimo em 2017 é de R$ 967.
O cálculo do salário mínimo é realizado através da soma da variação do Índice nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior ? nesse caso, de 2017 ? e o resultado do crescimento do Produto Interno brito (PIB) de dois anos anteriores ? nesse caso, de 2016. Como o PIB sofreu uma retração de 3,6% em 2016, não deverá ser levado em conta no cálculo do salário mínimo.
A revisão do valor do mínimo ocorreu por conta da prévia da inflação, que dá sinais de que irá fechar o ano abaixo do que se esperava anteriormente. Dessa forma, a previsão do mínimo também baixou, o que deve dar um alívio nas contas do governo, especialmente com a arrecadação abaixo do previsto.
Segundo o Ministério do Planejamento, "Cada um real de aumento no salário mínimo gera um incremento de R$ 301,6 milhões ao ano nas despesas do governo", conforme informou na proposta da lei de Diretrizes Orçamentários para 2018 enviada ao Congresso no mês de abril. Isso porque muitos dos benefícios sociais e trabalhistas do Governo Federal estão ligados diretamente ao
valor do mínimo . Segundo números da Previdência Social, cerca de 66% dos aposentados recebem 1 salário mínimo ao mês. Além disso, o mínimo serve de base para o cálculo de benefícios como o seguro-desemprego e o abono salarial.
Segundo cálculo realizado pelo Dieese, entretanto, o valor do mínimo está muito longe do valor "ideal". O Cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos aponta que, para suprir as necessidades econômica de uma família de 4 pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte e lazer, seria necessário receber, no mês de julho, um mínimo de R$ 3.810,36.
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