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29/10/2018 14:34

Por quais embalagens passa sua comida até chegar à mesa?


São Paulo, SP--(DINO - 29 out, 2018) - Se em algum momento da vida você já entrou em um restaurante de estilo bufê deve ter noção do que significa um quilo de alimento. E se você consegue imaginar um prato de um quilo de comida bem equilibrado entre legumes, verduras, grãos e proteína animal, saiba que para esta refeição chegar até sua mesa, foram desperdiçados 400 gramas de alimentos.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura no Brasil (FAO), entre um quarto e um terço de comida produzida anualmente por todo o mundo se perde, o que equivale a 1,3 bilhão de tonelada de alimentos - a entidade calcula que seria suficiente para abastecer dois dos sete bilhões de pessoas ao redor do planeta.

Do total, 6% da comida perdida foi produzida na América Latina. Na região, onde vivem 47 milhões de pessoas em situação de fome, 28% do desperdício está na conta dos consumidores finais - ou seja, nós -, mas a grande maioria foge dos nossos olhos. Do montante total, 28% se perde ainda na produção, 22% durante o manejo e o armazenamento, 17% na distribuição e mercado e 6% no processamento.

"Na FAO fazemos uma diferenciação entre a ideia de perda e de desperdício. Perda é o que acontece na esfera do produtor. Da colheita, do armazenamento, do transporte", explica Alan Bojanic, representante da FAO. Acabar com o desperdício é um ato de conscientização. Mas diminuir a perda de alimentos é uma questão de estrutura. "Neste tema, é preciso investimentos: melhores estradas, melhores armazéns, silos, colheitadeiras mais eficientes, produtores mais conscientes do que significam as perdas para melhorar a logística", explica Bojanic.

Existe um elemento nesta cadeia de produção que é fundamental para levar os alimentos do campo para a mesa de forma eficiente - ou de forma não eficiente, quando seu uso não é adequado. Trata-se da embalagem, peça-chave para armazenar, transportar e entregar a comida com segurança e em condições de consumo.

COMO EMBALAGENS PODEM SER FATOR DE ECONOMIA SUSTENTÁVEL?

O impacto da ação humana na Terra pode ser medido de diferentes formas. Há índices que apontam a pegada de carbono, água, energia? E em todos eles, a produção de alimentos aparece como uma das maiores intervenções de nossa espécie no planeta. O caso da carne bovina é, talvez, o mais emblemático dos exemplos: de acordo com a FAO, o território necessário para a produção de alimentos ocupa 26% de toda superfície habitável da Terra e apenas um quilo de picanha ou qualquer outro corte exige 15,4 mil litros de água doce para chegar ao seu prato.

Isso significa que se uma quantidade significativa de carne estragar por causa de armazenamento inadequado, por exemplo, muita água e uma enorme porção de terra foram desperdiçados - isso sem falar da vida, afinal um animal foi morto para gerar o alimento. Proteger o produto final é, também, proteger toda a abrangência de recursos naturais dispostos para produzi-lo.

"Quando falamos de embalagens, falamos de soluções que se propõe a serem eficientes e adequadas ao produto, inclusive do ponto de vista da sustentabilidade ambiental", afirma Luciana Pellegrino, diretora executiva da Associação Brasileira de Embalagem (Abre). "E do ponto de vista econômico e social, deve ser pensada para tornar um produto mais acessível à população", completou.

O documento Ethical living: Plastic - lose it or re-use it?, publicado em março de 2018 com dados do Euromonitor, vai ainda mais longe. O relatório afirma que o uso de embalagem adequada protege dez vezes mais recursos naturais (materiais diversos, água e energia) do que exige do planeta.

APLICANDO A EMBALAGEM CERTA NO PRODUTO ADEQUADO

Um levantamento da FAO realizado na América do Norte, replicado no documento O valor das embalagens flexíveis no aumento da vida útil e na redução do desperdício de alimentos, produzido pela Flexible Packaging Association (FDA), informa que os alimentos de hortifrúti e os grãos são os que mais sofrem na armazenagem e transporte. No caso dos grãos, 10% do total se perde no processo de envase e 2% na distribuição. Os legumes, frutas e verduras precisam de cuidado ainda mais especial no transporte e distribuição, onde 12% deles são perdidos.

A pesquisadora do Cetea, Eloisa Garcia, explica que é preciso entender qual o gatilho da degeneração de cada tipo de alimento e que a proteção é pensada, de forma geral, em três linhas: mecânica, físico-química e microbiológica. Produtos de hortifrúti, por exemplo, tem alta sensibilidade a quedas e batidas. Já as carnes apresentam maior risco de infestação microbiótica.

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