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27/04/2018 10:51

Com queda na taxa Selic, fundos imobiliários podem ser uma bola alternativa à renda fixa


São Paulo--(DINO - 27 abr, 2018) -
Nos próximos dias 15 e 16 de maio, o Conselho de Política Monetária (Copom) se reúne para decidir o novo valor para a Selic, a taxa básica de juros. No último encontro, ocorrido em março, os diretores do Banco Central reduziram seu valor de 6,75% para 6,5% ao ano e deixaram aberta a possibilidade de uma nova queda na próxima reunião, muito provavelmente de 0,25%.

Pode parecer uma diferença pequena, mas o valor atual da taxa Selic já é o mais baixo da história do Brasil, um país acostumado a inflação alta, e, por consequência, juros também altos. Como a taxa básica de juros é a base para a remuneração dos títulos públicos, os investimentos em renda fixa tendem a ficar cada vez menos rentáveis.

Assim, quem já direciona suas toda ou parte de suas economias para a renda fixa ou mesmo quem está pensando em começar a investir agora em algo diferente da poupança deve buscar novas opções. Nesse caso, o caminho é investir em renda variável.

“A tendência é que as pessoas que buscam maior rentabilidade em seus investimentos migrem para a renda variável, como as ações, principalmente de empresas boas pagadoras de dividendos, ou os fundos imobiliários (FIIs)”, diz Tiago Reis, presidente e fundador da Suno Research, consultoria de investimentos especializada em investidores Pessoa Física. “Nessa transição, até que a pessoa se sinta confortável, os fundos imobiliários podem ser um bom primeiro passo porque os brasileiros já são acostumados a ver imóveis como investimento. Além disso, eles pagam dividendos mensais, como se fossem um aluguel, e possuem volatilidade menor que as ações”, completa.

Fundos Imobiliários

Os fundos imobiliários são fundos fechados, ou seja, que a entrada ou a saída de cotistas não é permitida. No entanto, o investidor pode comprar ou vender cotas. Esses fundos investem em ativos imobiliários, como lajes corporativas, imóveis de varejo, imóveis residenciais, shoppings, galpões logísticos, hospitais, sedes empresariais e títulos de dívida imobiliária, como LCI e CRI.

Eles podem representar uma boa opção de investimento para quem investe em tesouro direto e busca diversificar ou obter mais rentabilidade, já que alguns FIIs chegam a ter um retorno anual acima dos 8%. Com a Selic a 6,5%, por exemplo, a remuneração do Tesouro Prefixado 2019 fica em 6,30%, enquanto o Tesouro Prefixado 2020 fica em 7%.

Ao mesmo tempo, os fundos imobiliários também são uma boa opção para quem já faz dos imóveis um de seus investimentos. Isso porque eles eliminam toda a burocracia de administrar a propriedade e focam no que realmente interessa para o investidor, que é o retorno. “A maioria dos fundos é administrada por profissionais e traz uma boa rentabilidade se comparada com a rentabilidade do mesmo valor financeiro investido diretamente em um imóvel”, diz Marcos Baroni, vice-presidente de Fundos Imobiliários da Suno Research. “Isso porque taxas, como a de administração, se diluem, coisa que um investidor com poucos imóveis não consegue fazer”, diz.

Investindo em ações

Além dos fundos imobiliários, outra boa opção para quem busca rendimentos melhores do que os da renda fixa é a bolsa de valores. Isso porque, embora 2018 seja um ano de instabilidades políticas, isso não deve afetar investimentos de longo prazo. “Reconhecemos que a maior parte das ações da bolsa está bem precificada, mas ainda encontramos ótimas oportunidades de investimento em casos específicos”, diz Tiago Reis.

Dessa forma, a melhor maneira de extrair valor dessas oportunidades é escolher caso a caso as empresas que estão melhor precificadas. A Suno Research fornece relatórios de análises específicas sobre o assunto para auxiliar os investidores pessoa física a escolher melhor seus investimentos.

Em meio a essa mudança da renda fixa para a variável, os investidores podem passar por diversos obstáculos. O primeiro deles é cair em promessas de dinheiro fácil e ganhos estratosféricos em um curto período de tempo. Invariavelmente, elas levam à perdas. Esse tipo de estratégia é o que faz com que a bolsa tenha ganhado fama de cassino.

“Diversas instituições incentivam comportamentos que são compatíveis com práticas de cassinos. De corretoras que incentivam o giro da carteira (pois faturam corretagem) a consultorias que prometem lucros rápidos. Se o investidor adota essas práticas provavelmente irá perder dinheiro e falará aos amigos que bolsa é um cassino. O boca a boca perpetua a mito que bolsa é cassino”, diz Luiz Barsi, um dos maiores investidores pessoa física da bolsa brasileira, com um patrimônio bilionário.

Barsi construiu seu portfólio escolhendo as melhores oportunidades na renda variável ao longo das últimas cinco décadas.

Claro que a renda fixa tem sua utilidade, principalmente para diversificar os investimentos. Mas quando ela passa a remunerar menos - e a tendência é que isso continue -, buscar melhores retornos na renda variável pode ser uma boa estratégia.



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