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27/09/2019 14:38

Formação em Libras: afinidade e aproximação na relação médico-paciente


São José do Rio Preto--(DINO - 27 set, 2019) -
A população surda, geralmente, sente-se excluída ao procurar um serviço de saúde. Raros são os profissionais habilitados a se comunicar com eles. O profissional da saúde, ao dominar a língua dos sinais, consegue essa aproximação e é capaz de interagir com os pacientes, de modo que eles se sintam à vontade para relatar o que estão sentindo, os sintomas e as necessidades que os levaram até ali. É um ato de inclusão.


No Brasil, segundo dados do último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há 10 milhões de pessoas surdas.


Uma das ferramentas de ensino e uma forte aliada em ampliar o conhecimento em uma consulta médica com o paciente surdo, a Língua Brasileira de Sinais é conteúdo de disciplina obrigatória na faculdade de medicina FACERES, em São José do Rio Preto, interior do estado de São Paulo. “Os alunos da sétima etapa do curso têm aulas obrigatórias de Libras na matriz curricular. Eles aprendem ferramentas de comunicação com a comunidade surda, e assim trabalham além dos temas gerais, questões específicas como doenças, medicamentos, especialidades médicas e uma lista de frases de anamnese, que é o histórico de todos os sintomas narrados pelo paciente sobre determinado caso clínico”, explica o professor da disciplina, Thiago Vechiato Vasques.


No último período da graduação, os estudantes participam de um aprofundamento em Libras, o DLS (Deaf Life Support), em que aprendem, por meio da Língua Brasileira de Sinais, atendimentos de urgência e emergência. “Os resultados dessas aulas já são constatados em ex-alunos que se formaram e em consultas com pacientes surdos, que tiveram êxito devido a capacitação oferecida pela FACERES”, afirma Dr. Toufic Anbar Neto, diretor da instituição.


A faculdade de medicina FACERES é umas das poucas instituições do Brasil que tem Libras como disciplina obrigatória para todos os alunos. Habitualmente, a disciplina é oferecida como optativa e, via de regra, o aprendizado é insatisfatório, pois a carga horária costuma ser reduzida e inespecífica. “O profissional que sabe a línguas dos sinais vai atender melhor, conseguirá se comunicar bem, passando seu conhecimento para o paciente surdo, que, consequentemente se sentirá mais seguro”, completa Thiago.


 



Website: http://www.faceres.com.br

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