A confiança do consumidor paulista segue otimista de acordo com o Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), elaborado para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) pela PiniOn. O indicador alcançou 103 pontos em dezembro, aumento de 4% em relação ao mês anterior, e 21% na comparação interanual. Observando o mesmo mês, mas de 2019, notou-se avanço de 2%.
Segundo análise dos economistas da ACSP, a série histórica do ICCP
apresenta tendência crescente desde maio de 2021, passando ao campo
otimista (acima de 100 pontos) em outubro deste ano, interrompendo sua longa
permanência no patamar pessimista (abaixo de 100 pontos), iniciada em março
de 2020, que marcou o início do período de isolamento social.
O Índice de Confiança do Consumidor Paulista mostrou predominância na
percepção positiva das famílias, em relação à sua situação financeira e de
emprego atual. “As expectativas se mostraram cada vez mais positivas,
coincidindo com o comportamento do Índice Nacional de Confiança (INC). O
mesmo acontece quando o assunto é a situação financeira atual”, reforça Ruiz
de Gamboa.
Com a confiança em alta, aumenta a disposição dos consumidores para
adquirirem itens de maior valor, como carro e casa, geladeira e fogão, e
também a predisposição para investir no futuro.
Na abertura do indicador por classe econômica, em dezembro, a confiança das
famílias residentes no Estado de São Paulo pertencentes a todas as faixas
socioeconômicas cresceu. O destaque ficou para a classe C, que apresentou
maior elevação da confiança.
Confianças dos paulistanos
O recorte do indicador para a capital paulista, o Índice de Confiança do
Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP) registrou 94 pontos em
dezembro e, apesar de não ter rompido o nível considerado neutro (100
pontos), notou-se aumento de 5,6% em relação ao mês anterior.
Contudo, a percepção com relação à situação atual e as expectativas são
bastante parecidas com as do indicador estadual. Segundo avaliação do
economista houve melhoras “em termos do sentimento sobre emprego e renda
no presente e no futuro, o que se reflete em maior disposição a comprar e a
investir”.
Com relação à evolução da confiança dos consumidores da cidade de São
Paulo, distribuídos por classes socioeconômicas, anotou-se comportamento
crescente similar ao ICCP para todas elas, havendo também crescimento mais
pronunciado na confiança dos entrevistados pertencentes à classe C, que por
primeira vez, desde fevereiro de 2020, passou para o campo otimista.
“Os resultados do ICCP e do ICCSP de dezembro seguem trajetória similar ao
INC, com recuperação da confiança baseada tanto na melhora da percepção
em relação à situação financeira atual das famílias, como nas expectativas
sobre os próximos meses”, afirma Ruiz de Gamboa.
A melhora generalizada da confiança, do ponto de vista econômico, se explica
pela maior geração de empregos, pelo aumento da renda decorrente, que
também foi impulsionado pelas transferências de renda realizadas pelo
Governo Federal e pelo fim das restrições à mobilidade social.