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28/09/2018 16:28

US$ 20 bilhões em P&D, PIB revisto para baixo: cenário brasileiro de desafios em análise


(DINO - 28 set, 2018) - O Brasil investe menos de um quinto da média de grandes economias em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), ficando com índice médio de destinação de capital a esta área na casa de 1,6%. O dado é de um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que também compara o país a outros mercados: conforme a pesquisa, os EUA destinaram US$ 533 bilhões a P&D em 2017, enquanto a China aportou US$ 279 bilhões e o Japão, US$ 202 bilhões. No Brasil, o valor não superou US$ 20 bilhões.Ainda de acordo com o levantamento da CNI, o país tem cerca de 20 anos de atraso, em alguns setores, na chamada Indústria 4.0 e no conceito de Transformação Digital. Um quadro que, para evoluir, requer mudanças estruturais, defende o estudo. Dentre as alterações propostas, incluem-se incentivos à indústria local, especialmente nos segmentos focados na digitalização, e fomento às exportações - um quesito que também requer atenção, já que no ano passado, conforme a consultoria AT Kearney, o Brasil ficou em quinto lugar no ranking de mercados com melhores condições para exportação de serviços de tecnologia. A posição indica uma melhora, pois, no relatório anterior, feito em 2005, o país era décimo colocado. Porém, na opinião de especialistas, é preciso evoluir ainda mais. O vice-presidente e diretor de Marketing do SEPRORGS, Donald Reis, afirma que, do ponto de vista tecnológico e de negócios, é imprescindível o incentivo à qualificação de mão de obra e à alavancagem da competitividade da indústria nacional frente aos players internacionais."É preciso oportunizar o desenvolvimento da Economia Digital brasileira, e isso passa por termos gestores de pastas relacionadas ao setor que entendam de suas peculiaridades, de sua estrutura e seus desafios. É preciso investir no país como um ecossistema, envolvendo universidades, governo, empresas, entidades, dando fomento à Pesquisa & Desenvolvimento, segmento no qual estamos defasados", ressalta o VP, lembrando um relatório da Organização Mundial de Propriedade Intelectual que aponta o Brasil como o 64o colocado no ranking global de inovação.O mesmo ranking mostra que, na América Latina, o Brasil fica na 6ª colocação. Já no geral, dentre o grupo das nações de renda média-alta, como é classificado, é o 15º.Posicionamentos que, na análise de Reis, impactam o desenvolvimento econômico - cenário que também apresenta números em regressão, como os trazidos na última semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revisando a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2018 e 2019. Respectivamente, os índices ficaram em 1,6% neste ano e 2,9% em 2019. Há três meses, o mesmo órgão estimava altas de 1,7% e 3% e, em janeiro, de 3% para os dois períodos.O quadro de desafios, obstáculos e oportunidades do mercado brasileiro atual pontua a cena de eventos nacional. No dia 05/10, um deles tratará dos temas, com análise do ponto de vista do direito e da democracia: o Mesas TI, realizado pelo SEPRORGS, no Deille Hotel, em Porto Alegre-RS. O evento, com palestra e almoço, ocorrerá das 11h30 às 14h e tem Patrocinío Gold de DBC Company e 2Cloud, Silver de Dinamize e RCA, Bronze de Dynamica, Gruppen, Inteligência de Negócios, Positivo e TDec, apoio da ADVB-RS e Postmetria.

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