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23/02/2018 10:13

Doping domina pauta esportiva às vésperas da Copa de 2018


Rio de Janeiro, RJ--(DINO - 23 fev, 2018) - Doping é um dos assuntos mais quentes no mundo do futebol, às vésperas da Copa de 2018. O último mês de 2017 ficou marcado pelos anúncios da Fifa sobre a decisão de fazer testes antidoping em pelo menos 34 jogadores que servem à seleção russa, anfitriã da Copa, e sobre a suspensão do atacante Paolo Guerrero, do Flamengo e da seleção peruana. A situação de Guerrero só deve ter um desfecho agora em março.

"A Fifa segue em sua disposição de fazer do futebol um esporte livre de doping. Em 2016, ela realizou um número recorde de exames antidoping, superando a marca de 33 mil. O percentual de exames positivos de fato vem caindo, tendo sido de 0,22% no ano", comenta Rafael Carneiro Machado Pereira, especialista em Direito Desportivo e sócio da Machado Pereira Advocacia.

Entre os atletas russos a serem testados estão os 23 que disputaram a Copa do Mundo do Brasil, em 2014. Seus nomes constam de uma lista de suspeitos de terem se beneficiado do programa de doping bancado pelo governo russo. Foi a descoberta desse programa que resultou na inédita decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de excluir a Rússia dos Jogos Olímpicos de Inverno, na Coreia do Sul. Apenas alguns atletas russos foram autorizados a competir sem direito a bandeira e hino do país. Mesmo assim, o russo Alexander Krushelnitsky foi flagrado em um exame antidoping pelo uso de meldonium e perdeu a medalha de bronze conquistada nas duplas mistas de curling.

Já no julgamento do caso Guerrero, a Fifa fixou a pena em um ano, o que o deixaria de fora da Copa. Seu exame testou positivo para a benzoilecgonina, que está na lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (Wada). "A punição poderia ser de quatro anos de suspensão, mas a defesa dos colegas Bichara Neto e Marcos Motta conseguiu provar que ele não consumiu cocaína e sim um chá que, sem o seu conhecimento, continha folhas de coca. Assim, conseguiram a redução da pena no Tribunal de Apelações da Fifa, deixando-o liberado a tempo de disputar a Copa", explica Rafael Carneiro, que também é Procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD).

O advogado destaca a decisão de Guerrero reforçar sua equipe de defesa logo após a primeira decisão da Fifa. "Certamente de olho no recurso de última instância que busca anular a pena na Corte Arbitral do Esporte (CAS), Guerrero contratou o advogado espanhol Juan de Dios Crespo. Conhecido por defender Lionel Messi, recentemente, da suspensão nas Eliminatórias da Copa de 2018, ele já atuou, com sucesso, em casos ainda mais complicados do que o de Guerrero, como o do equatoriano José Angulo, do Granada, no ano passado", conta o sócio da Machado Pereira Advocacia.

O ano nem havia acabado, mas a Copa de 2018 já estava aí.

Website: http://www.machadopereira.adv.br/

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