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20/01/2020 16:41

Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo atinge R$ 200 bilhões em 24 dias


Foi preciso um dia a menos para que a arrecadação chegasse a esse montante, na comparação com 2019



São Paulo, 20 jan 2020 (ACSP) A velocidade da arrecadação cresceu nesse início de 2020. O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostra que por volta de 1h40 desta sexta-feira (24/1), os brasileiros terão desembolsado R$ 200 bilhões, valor pago aos governos na forma de tributos. 



No ano passado, para recolher esse mesmo montante, foi necessário um dia a mais. 



Mas o aumento na arrecadação, já sinalizado nestes primeiros dias do ano, não é necessariamente uma má notícia. É o que explica Emílio Alfieri, economista da ACSP. 



“O aumento na arrecadação dos impostos é algo natural se estiver relacionado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Então, como o governo não está mudando as alíquotas, é possível ver com bons olhos essa variação positiva dos primeiros dias de 2020”, explica Alfieri. 



Segundo o economista, o estímulo ao crédito para pessoas físicas é um dos fatores que têm ajudado no crescimento econômico do país, o que afeta positivamente a receita com impostos arrecadados pelo governo. 



“A redução na taxa básica de juros e a política do governo de estimulo para tomada de crédito para pessoas físicas têm ajudado a aumentar essa arrecadação, sem que seja preciso aumentar as alíquotas”, afirma o economista. 



Alfieri alerta, no entanto, que o governo Federal precisa “conter os ânimos” com relação a sinalização de aumento da arrecadação via tributos. 



Embora engordar os caixas do governo seja importante para a redução do déficit primário, que deverá ser de R$ 110 bilhões em 2020 segundo projeção do Ministério da Economia, há caminhos alternativos para esse fim, como, por exemplo, a redução dos gastos.



 



“O governo não pode cair na tentação de querer aumentar a arrecadação para tentar reduzir mais rapidamente o déficit primário. Não há espaço para elevar os impostos, ou criar novas taxas, sem que isto afete o crescimento econômico”, alerta. 



Para Alfieri, a economia do País está no rumo certo para sair da crise. Mas é possível acelerar o processo. “Se mantivermos o ritmo atual, é possível retomar os níveis econômicos de 2014 em até quatro anos. Mas se houver uma reforma fiscal mais abrangente, e uma simplificação tributária, podemos recuperar os bons números já em dois anos”, finaliza.



 



Série Histórica Impostômetro:



 































2014




R$ 1.913.945.777.706.00




2015




R$ 1.992.868.462.040,52




2016




R$ 2.004.536.531.089,32




2017




R$ 2.172.053.819.242,78




2018




R$ 2.388.541.448.792,42




2019




R$ 2.504.853.948.529,48




 



Sobre o Impostômetro: O Impostômetro foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade. Está localizado na sede da ACSP, na Rua Boa Vista, centro da capital paulista. Outros municípios e capitais se espelharam na iniciativa e instalaram seus painéis. No portal www.impostometro.com.br é possível visualizar valores arrecadados por período, estado, município e categoria.



 



(Patrícia Gomes Baptista, Assessoria de Imprensa ACSP, pgbaptista@acsp.com.br, (11) 3180-3220).



 

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