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29/05/2020 15:19

Fundador da Intrader DTVM explica quais os comportamentos que o investidor deve cultivar em momentos de crise?


Fundador da Intrader DTVM explica quais os comportamentos que o investidor deve cultivar em momentos de crise?

Fundada na crise de 2008, a empresa entende que a crise gera incerteza aos investidores, porém esses momentos também apresentam oportunidades a quem analisa com frieza

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SÃO PAULO, 29 de maio de 2020 /PRNewswire/ -- A crise de 2008 foi um marco no que tange os perigos de um comportamento irresponsável no mercado financeiro que entrou em crise, no mundo inteiro, levando consigo outros setores da economia mundial. Em 2020, a economia internacional foi surpreendida com mais uma crise, dessa vez em proporções diferentes da anterior e também motivada por outros fatores, porém todo momento em que o horizonte não é tão claro pode encontrar respiro em outros episódios da história que auxiliem o investidor a manter uma postura responsável e remediar possíveis comportamentos impensados que levem a assumir perdas que poderiam ser revertidas com um planejamento sadio.


Em 2008, enquanto muitas empresas sofriam e viam sua operação esvaziar outras aproveitaram a reconstrução de mercado para se estabelecer. É o caso da Intrader DTVM fundada logo após a crise. Fundador da empresa, o empresário Edson Hyldago Jr explica que acumulou experiência ao longo da sua carreira passando por diversas áreas do mercado financeiro, tendo operado na área de câmbio, trabalhou em consultoria na área de "Open Market", além de research, gestão de fundos de investimento e brokeragem, com todo o conhecimento adquirido conseguiu ter uma atuação de gala enquanto muitos vivam o momento de perda. "No momento de 2008, quando teve a crise do subprime, vimos uma oportunidade um momento de reconstrução de mercado. Foi nessa época que decidimos fundar a Intrader DTVM e viemos caminhando desde então. Em um primeiro momento, a gente funcionava apenas como uma distribuidora de ordem", explica.


A crise de 2008 foi resultado de uma política de crédito muito fácil e disseminação de investimentos vazios. Para ampliar a oferta de crédito, visando é claro o retorno, os bancos no fim da década de 1990 começaram a emprestar dinheiro para quem não tinha como pagar. Com o passar dos anos esse tipo de empréstimo foi ganhando volume, até atingir um patamar muito grande e os bancos passaram a vender dívidas de alto risco junto com as de baixo risco ? os chamados "CDOs". Investidores do mundo inteiro caíram nessa armadilha, seduzidos pelos juros elevados envolvidos no investimento e também pela atuação irresponsáveis de agências de análise de risco que davam o sinal verde para esse ativo ? o que depois gerou duras críticas para muitas delas.


Os investimentos pareciam ótimos. No entanto, chegou um momento que essa bolha ficou insustentável, diversos devedores não pagavam o que deviam e as dívidas dos bancos e de fundos de investimento chegaram a um limite. Foi quando o Lehman Brothers, um dos mais tradicionais bancos de investimento dos EUA, decretou falência e a crise degringolou, gerando um efeito dominó para todos os setores da economia mundial. Alguns países nunca conseguiram retornar aos padrões de desemprego anteriores a essa crise até os dias de hoje. A crise foi muito além do mercado financeiro e vários países tiveram recessão.


No Brasil, assim como no resto do mundo, muitos dos investimentos que suportaram ao momento incerto da crise geraram ganhos futuros maiores do que o esperado, quem retirou seus investimentos acabou por aceitar as perdas.


A crise do novo coronavírus foi causada por outros atores e também tem uma dimensão diferenciada, mas o mercado financeiro sempre busca uma taxa de acomodação. Como explica Jr Hydalgo, é inevitável que todos os setores da economia sintam um pouco de perda, ainda mais no Brasil um país que carece de uma indústria exportadora pulsante e a economia se vê refém do setor de serviços ? principal afetado por políticas de confinamento. Ao mesmo tempo, o mercado financeiro costuma ter um funcionamento diferente de outros setores da economia. "O mercado estressou no juros e no câmbio e derreteu a bolsa, assim achou um nível de suporte, acomodação", comenta.


Após anos de atuação no mercado financeiro, acrescentando serviços ano a ano, a Intrader DTVM se deparou com sua primeira crise. Ainda de acordo com Jr Hydalgo é momento de ter cautela e frieza na análise de movimentos mas não de interromper operações. "Aqui estamos trabalhando para analisar os fatos com calma, não se precipitar e não tomar medidas extremas acreditando em uma suposta virada brutal de mercado. Atualmente, mantemos o mesmo raciocínio que isso vai passar, só não conseguimos projetar quanto tempo", pontua.


Também acredita que o mercado de ações do índice Bovespa corrigido desde 2008, que chegou a ficar em torno de 135 mil pontos em 2020, deve ser o que o mercado vai procurar, além disso também crê em uma futura queda da taxa de juros, como vinha acontecendo no momento prévio à crise e aos poucos o câmbio é mais um que deve estabilizar.


Aproveitar o momento também é olhar para dentro da empresa e entender como proceder. Para quem fundou sua empresa na crise de 2008, a crise do Covid-19 é mais uma que pede parcimônia. "Essa tsunami não vai mudar a condução da empresa, nossos objetivos, investimentos para o futuro e o planejamento de onde queremos chegar. É um momento passageiro, já passamos por diversas crises e vamos passar por mais uma. Acredito que quando o mercado fica um pouco mais parado em termos de negócios, você pode olhar um pouco não só o cliente na parte externa mas olhar a parte interna da sua estrutura, arrumar a casa e voltar melhor" pontua.


Foto - https://mma.prnewswire.com/media/1174681/imagem_edson_2.jpg?p=original


FONTE Edson Hydalgo Jr

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