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21/09/2020 11:17

Queda na busca para se tornar doador de medula óssea acende sinal de alerta na saúde


Queda na busca para se tornar doador de medula óssea acende sinal de alerta na saúde

Transplante é fundamental no tratamento de leucemias, linfomas, anemias graves e doenças do sistema imunológico

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SÃO PAULO, 21 de setembro de 2020 /PRNewswire/ -- O dia 19 de setembro é o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, celebrado todos os anos no terceiro sábado deste mês. Porém, a pandemia causada pelo novo coronavírus vem afetando diversos setores da saúde e, desde o início do isolamento social, em março, o Brasil sofreu um grande impacto nas doações de medula óssea.


O cenário não é animador. Segundo informações do Registro de Doadores de Medula Óssea no Brasil (Redome), os primeiros sete meses de 2020 registraram uma queda de 30% no número de buscas para se tornar um doador de medula óssea, na comparação com mesmo período do ano passado. Já de acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), foram realizados no Brasil 1.302 transplantes de medula óssea no primeiro semestre de 2020. Esse número é 19,7% menor que o mesmo período do ano passado.


"Acreditamos que, entre os motivos para essas quedas nos números, está o medo que as pessoas têm de sair de casa e enfrentar alguma aglomeração que possa levar à contaminação pelo SARS-CoV-2", diz Márjori Dulcine, Diretora Médica da Pfizer Brasil.


O transplante de medula óssea é uma das principais alternativas para a recuperação de pacientes com linfomas, anemias graves e doenças originadas pelo sistema imunológico em geral", diz Vanderson Rocha, Hematologista e especialista em Terapia Celular da Universidade de São Paulo. A doação também é essencial para o tratamento de leucemias, uma vez que a compatibilidade é de somente 30% entre irmãos.


Para ser um doador de medula óssea é preciso ser um indivíduo saudável, com idade entre 18 e 55 anos de idade, sem doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue ou histórico de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune.


A rotina de imunização de doadores e receptores de transplante é fundamental para oferecer proteção contra doenças imunopreveníveis. Além disso, a abordagem da vacinação de pacientes transplantados é complexa, já que o esquema vacinal deve considerar diversos fatores, como a doença de base, a idade, o tipo de terapia imunossupressora e a imunidade do doador, entre outros.


"A utilização de imunossupressores também requer atenção no pós-transplante, por sua interferência na capacidade imunológica. Dependendo de cada situação, o sistema imune pode exigir doses aumentadas ou adicionais de vacinas. No caso do transplante de medula óssea, por exemplo, o paciente deve ser imunizado novamente pois o procedimento apaga a memória imunológica conquistada ao longo da vida", explica Vanderson Rocha, hematologista e professor titular de Hematologia e Terapia Celular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).


FONTE Pfizer Brazil

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