Política
21/08/2017 13:02

Fóruns Estadão/Maia: c/ atual situação fiscal não vejo como tirar R$ 3 bi p/ financiar campanha


São Paulo, 21/08/2017 - O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou hoje que com a atual situação fiscal do Brasil e a necessidade de se cortar gastos públicos será difícil tirar R$ 3 bilhões dos cofres do governo para financiar a campanha eleitoral de 2018. O parlamentar ressaltou, porém, que acha difícil que pessoas físicas e jurídicas queiram doar recursos de forma efetiva para as eleições do ano que vem.

Maia disse que a eleição de 2018 "certamente" não vai custar os R$ 7 bilhões que foram a de 2014. Para ele, os gastos devem ficar em torno de um terço deste valor. "A maioria dos políticos entenderá que vivemos uma outra realidade na política e na democracia brasileira." Mesmo assim, será preciso financiar R$ 2,5 bilhões, ressaltou Maia.

"Não consigo encontrar condições, pelas discussões que tive com a equipe econômica nas últimas semanas sobre a situação fiscal do Brasil, de organizar R$ 3 bilhões para financiar a campanha", disse ele, defendendo a necessidade de haver também financiamento privado na corrida eleitoral.

É compreensível que a sociedade não aceite financiamento público de campanha", disse Maia em discurso durante o Fórum Estadão que discute a reforma política. Para o parlamentar, o fundo eleitoral é melhor do que o fundo partidário para o financiamento de campanhas. Mas ele ressaltou que os dois terão dificuldade de conseguir orçamento para a eleição de 2018.

No final de seu discurso, Maia ressaltou que o Congresso não vai conseguir fazer toda a reforma política agora e o debate sobre o tema vai seguir no País. "Ninguém aguenta mais o gigantismo do Estado, que só tira recursos da sociedade". "É um Estado ineficiente que serve apenas para realimentar a vontade de poucos."

Ao falar do trabalho da Câmara, Maia observou que muito tem sido feito e ressaltou que as "pessoas esquecem, mas aprovamos fim da reeleição em 2015" e também a questão do voto impresso. "Hoje o sistema é seguro mas ele não permite recontagem de voto." (Igor Gadelha, Altamiro Silva Junior e Francisco Carlos de Assis)
Para ver esta notícia sem o delay assine o Broadcast Político e veja todos os conteúdos em tempo real.

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados para o Grupo Estado.

As notícias e cotações deste site possuem delay de 15 minutos.
Termos de uso