Por Daniel Galvão
São Paulo, 11/04/2024 - O Índice de Governabilidade (I-Gov) voltou aos 43% em março, uma oscilação de um ponto porcentual para cima ante fevereiro. O levantamento da empresa de inteligência de dados 4Intelligence com exclusividade para o Broadcast Político aponta que a dimensão Judiciário da pesquisa atingiu 65%, o melhor resultado desde junho de 2023, o que contribuiu para oscilação positiva do I-Gov.
Uma discreta queda na relação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o Legislativo e a manutenção do quesito Opinião Pública abaixo dos 50 pontos também foram registradas pela pesquisa. "Lula segue muito frágil nas suas relações com o Parlamento e demonstra tendência de queda desde novembro perante as avaliações da sociedade", afirma, no entanto, o documento do estudo.
Depois de quatro meses consecutivos de leves melhoras, a dimensão Legislativa voltou a ter uma pequena queda. Nesse item, o I-Gov chegou a 16% ante 17% em fevereiro por causa da falta de aprovação de medidas provisórias e com a perda da eficácia de duas MPs. "Os resultados na dimensão Legislativa continuam a apontar que o presidente sofre resistências significativas do Congresso para aprovar sua agenda de políticas e, ao que tudo indica, tentará realizar nova reforma ministerial", afirma o documento.
"No Judiciário, a agenda de atividades continua concentrada em julgamentos de governos anteriores, e pedidos de interrupção de alguns temas ditam o STF (Supremo Tribunal Federal), que até agora não apreciou nenhuma Adin (ação direta de inconstitucionalidade) associada a temáticas do atual mandatário", diz o estudo. Ainda assim, houve uma alta na dimensão Judiciário de 61% em fevereiro para 65% agora. O resultado dessa dimensão é baseado em média móvel de 12 meses, o que explica o aumento, segundo o estudo.
Na dimensão Opinião Pública, pelo segundo mês seguido, Lula obteve resultado abaixo dos 50 pontos, o que não ocorreu nos 13 primeiros meses do atual mandato. Neste quesito, o I-Gov ficou em 47,5%, um ponto e meio abaixo do de fevereiro, e Lula tem tendência de queda na popularidade. "Tal fenômeno vem sendo observado desde novembro, quando Lula obteve 52,5% depois dos 52,8% de outubro. Dezembro ficou em 51%, janeiro em 50% e fevereiro em 49%", aponta o estudo. A explicação mais relevante para essas quedas é "a cisão política que vive o País".
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